Kim Jong Il: "A filosofia Juche é uma filosofia original revolucionária"
Ultimamente entre nossos sociólogos, há aqueles que interpretam a filosofia Juche por opiniões errôneas, contrárias a ideologia do nosso partido e, devido a isso, tem se apresentado o problema de que, tais opiniões, estão se difundindo no exterior.
Nas explicações dos princípios fundamentais da filosofia Juche não se procura esclarecer as leis próprias do movimento social sem interpretá-las do ponto de vista das leis gerais do desenvolvimento do mundo material. Segundo estou informado, os que insistem nesta opinião procedem por se convencerem que a filosofia Juche desenvolve, também, um novo plano da dialética materialista marxista. No trabalho de explicar e difundir a filosofia Juche não temos a necessidade de tratar de convencer que ela levou a um novo plano de desenvolvimento da dialética materialista marxista. Claro, é verdade, que no caso desta doutrina nosso partido não a tratou dogmaticamente, mas sim com estudo e análise, a partir de posição própria, e deu novas interpretações a uma série de problemas. Apesar disto, o desenvolvimento no materialismo e na dialética não constituem o principal na filosofia Juche.
A filosofia Juche é uma doutrina original que está desenvolvida e sistematizada por seus próprios princípios. Seu mérito histórico, no progresso das ideias filosóficas, não está em ter desenvolvido o progresso de ideias filosóficas, nem está em haver desenvolvido a dialética materialista marxista, mas sim em ter definido novos princípios filosóficos centrados no homem.
A filosofia Marxista levantou como questão fundamental da filosofia as relações entre a matéria e a consciência, o ser e o pensamento, sobre a base de demonstrar a primazia da matéria se esclarecia que o mundo está constituído por matérias e que se transforma e evolui por seu movimento. A filosofia Juche levantou como novo problema fundamental da filosofia as relações entre o mundo e o homem, a posição e o papel que este tem no mundo, para elucidar o princípio filosófico de que o homem é dono de tudo e decide tudo, indicando o caminho mais correto para forjar seu destino. Se a filosofia marxista apresenta um importante trabalho filosófico no esclarecimento da essência do mundo material e das leis gerais de seu movimento, a filosofia Juche considera como tal trabalho esclarece as características essenciais do homem e as leis próprias do movimento social, movimento dos seres humanos. Assim, a filosofia Juche é uma filosofia original cujos trabalhos e princípios diferem radicalmente daqueles da filosofia precedente. Por esta razão, não é correto interpretar que a filosofia Juche desenvolveu a dialética materialista e nem tampouco tratar de demonstrar sua originalidade e vantagem, referindo-se de tal maneira a essência do mundo material e as leis gerais de seu movimento explicados pela filosofia marxista. A filosofia Juche, sendo a doutrina que elucidou novos princípios filosóficos, não pode ser interpretada no quadro antecedente, porque se assim proceder, não só é impossível demonstrar a sua originalidade, mas, ao contrário, será ambígua e não poderá se compreender corretamente sua essência.
Ao ter se esclarecido pela primeira vez na história as características essenciais do homem sobre fundamentos científicos, a filosofia Juche valora o homem como o ser superior e mais poderoso: o mundo é dominado e transformado pelo homem.
A filosofia Juche ter levantado uma nova concepção de mundo não significa negar a dialética materialista. A filosofia Juche a tem como premissa. Seu critério original sobre o mundo — consistente em este ser dominado e transformado pelo homem —, não pode ser concebido a margem da compreensão materialista dialética sobre a essência do mundo material objetivo e das leis gerais do seu movimento. Caso se considere o mundo como uma existência misteriosa, tal como pretende o idealismo, não se pode chegar à conclusão de que o homem é capaz de dominá-lo, ou ainda, de vê-lo como algo invariável como levanta a metafísica, não é possível chegar à conclusão de que o homem pode transformá-lo. O critério original de que o mundo é dominado e transformado pelo homem pode se estabelecer apenas sob a premissa de reconhecer a compreensão dialética materialista sobre o mundo segundo o qual este está constituído por matéria e se transforma e evolui de modo ininterrupto. Ainda que a dialética materialista marxista tenha uma série de limitações e insuficiências, seus princípios fundamentais são científicos. Por isto, a filosofia Juche toma por sua premissa a concepção dialética materialista sobre o mundo.
Isto não significa que a filosofia Juche herdou e desenvolveu simplesmente a dialética materialista. A margem do conhecimento dialético materialista acerca do mundo material objetivo é impossível compreendê-lo e transformá-lo de modo científico, mas somente baseando-se no princípio materialista de que o mundo é formado pela matéria e pela dialética que se transforma e evolui sem cessar, não se chega à conclusão de que o homem ocupa posição de dono do mundo e executa um papel determinante em sua transformação.
Somente sob a condição de aclarar características essenciais do homem, que se distingue de modo fundamental das demais matérias, é que se pode elucidar justamente a posição e o papel especial do homem como dono e transformador do mundo. Apenas após elucidadas pela filosofia Juche, sobre fundamentos científicos, as características essenciais do Homem – ser social com independência, espírito criador e consciência –, poderia definir-se o princípio fundamental de que ocupa no mundo a posição de dono e desempenha o papel decisivo em sua transformação.
Partindo do princípio antropocêntrico a filosofia Juche estabeleceu a concepção jucheana da história social, o ponto de vista jucheana da história, segundo o qual a limitação da concepção anterior da história social foi superada e uma mudança radical ocorreu na abordagem sobre esta.
Ao aplicar à história social as leis gerais do desenvolvimento do mundo material a filosofia marxista estabeleceu a concepção dialética materialista sobre esta, o ponto de vista materialista da história. Assim, não engamos o mérito histórico do conceito materialista da história. Ele deu uma importante contribuição para combater concepções reacionárias da história social e carentes de fundamentos científicos que se baseiam no idealismo e na metafísica. Por outro lado, como o homem vive em um mundo material objetivo e a sociedade está inseparavelmente ligada a natureza, é certo que também nos fenômenos sociais atuam as leis gerais do desenvolvimento do mundo material. Mas, se as leis gerais do desenvolvimento do mundo material se aplicam tal qual a dos fenômenos sociais, sem ver que no movimento social atuam suas próprias leis a compreensão da história social não pode resultar menos que unilateral. O movimento social se transforma e se desenvolve segundo suas próprias leis.
É a ação do homem que domina e transforma todo o mundo. O homem realiza atividades de transformação da natureza para alcançar seu propósito de dominar e transformar o mundo material objetivo. Com a transformação da natureza, cria-se os bens matérias e as condições para a vida material. Esta atividade está encaminhada a satisfazer suas necessidades sociais e pode realizar-se somente mediante a cooperação social. Os homens executam as atividades de transformação da sociedade para melhorar e completar suas relações de cooperação social. São eles que transformam tanto a natureza quanto a sociedade. Ao implementar essas atividades transformam e desenvolvem a si mesmos. Em suma, o estado de transformação do mundo pelo homem se realiza por meio da transformação da natureza, a sociedade e o ser humano, e seu sujeito são as massas populares. Estas criam todas as riquezas materiais e culturais da sociedade e desenvolvem as relações sociais.
O movimento social sendo uma atividade que tem por sujeito as massas populares, possui suas próprias características, diferentes da evolução da natureza. Esta se produz espontaneamente pela interação das matérias que existem objetivamente, mas o movimento social surge e avança pela ação e o papel que exerce seu sujeito com iniciativa. Por isso, sem os princípios da dialética materialista, que elucidam as leis gerais do desenvolvimento do mundo material, se aplicando tal como está a história social, não se esclarece de forma rigorosa a essência da sociedade, tampouco a legitimidade do seu movimento. A principal limitação da concepção materialista da história reside em não esclarecer corretamente as leis próprias do movimento social sem desenvolver seus princípios propriamente em comunidade com a evolução da natureza, que são igualmente materiais.
A concepção materialista marxista da história divide a sociedade em ser social e consciência social e em suas relações concedendo significado determinante ao ser social, e também no caso da estrutura, a dividiu em força produtivas e relações de produção, e na base a superestrutura, deu importância decisiva a produção material e as relações econômicas. Esta é a aplicação fiel na história social do princípio da dialética materialista de que o mundo está integrado por matéria, se transforma e evolui segundo as leis gerais do movimento da matéria. O mundo que analisaram os criadores do marxismo ao aplicar à história social as leis gerais do mundo material foi um mundo unificado, de modo que não só a natureza, mas também o homem e a sociedade são matérias. Para ver o homem como um componente de um mundo unido pela matéria, sem observar nele um ser social dotado de independência, espírito criativo e consciência, aplicado na história, tal como estão, as leis gerais do movimento do mundo material, não pode menos que considerar o movimento histórico-social como um processo da história da natureza.
Desde logo, também a sociedade se transforma e se desenvolve não pela vontade do homem, mas segundo determinadas leis. No entanto, a ação destas leis na sociedade difere essencialmente das da natureza. Estas leis se acionam de modo espontâneo, independentemente das atividades do homem, porém na sociedade são ativadas por intermédio de atividades independentes, criadoras e conscientes do homem. Entre as leis sociais há aquelas gerais, válidas para todas as sociedades, sem que importe o regime, como aquelas que só existem em determinados regimes sociais. Como todas as leis sociais se acionam por meio das atividades do homem, esta ação pode realizar-se claramente, retardar-se ou restringir-se segundo a atuação do homem.
A afirmação de que as leis sociais são acionadas através das atividades do homem não significa que elas não possuem um caráter objetivo e que, no movimento social, não pode existir espontaneidade. Quando se criam certas condições econômicas entram em ação inevitavelmente as leis sociais correspondentes e, por conseguinte, revestem caráter objetivo igual as leis da natureza. O movimento social em que atua a espontaneidade está relacionado com o fato de que é relativamente baixo o nível do desenvolvimento do espírito independente e criador e a consciência do homem, e que não está estabelecido um regime social em que se fomente plenamente estes atributos do homem. Com o crescimento do espírito independente e criador e da consciência do homem, e o estabelecimento de um sistema social que os coloque em plena ação, a pessoa atuará mais conforme as exigências das leis objetivas e se reduzirá o raio de espontaneidade. O progresso da sociedade é precisamente o desenvolvimento do espírito independente e criador e da consciência das massas populares, e se elevam estes atributos e se aperfeiçoa o sistema social segundo sua demanda a sociedade logrará maior avanço pelas atividades conscientes e bem-intencionadas das massas populares. Isto significa que se aplicam em todos os terrenos as leis do movimento social que transforma e se desenvolve graças as ações conscientes do sujeito.
Enquanto os criadores do marxismo estabeleceram a concepção dialética materialista da história social aplicando as leis gerais da evolução do mundo material, se confrontaram com muitos problemas que surgiam no movimento social e que não puderam encontrar solução somente com essas leis. Por isso, com o propósito de evitar a parcialidade dessa concepção apresentaram algumas teorias incluindo a de que a consciência social reage as condições materiais econômicas ainda que em reflexo, e também a política, enquanto se determina pela economia, reage sobre ela. Não obstante, a concepção materialista marxista da história é, em todo o caso, uma concepção da história social, que considera como o principal a comunidade da evolução natural e do movimento social, e com esta doutrina não era possível evitar a limitação que obrigava a considerar a evolução da sociedade como a da história natural.
Enfim, a diferença essencial da filosofia Juche e da precedente parte da compreensão diferente do homem.
A filosofia marxista, ainda que defina a essência do homem como a totalidade das relações sociais, não elucida corretamente suas características peculiares como ser social. Portanto, essa doutrina desenvolvera os princípios do movimento social aderindo fundamentalmente as leis gerais da evolução do mundo material. As características peculiares do homem como ente social foi aclarado pela primeira vez e de forma integral pela filosofia Juche.
Como afirmamos em documentos de nosso Partido, o homem é o ser social que possui independência, espírito criador e consciência: nada objeta isto. No entanto, alguns sociólogos persistem em sua opinião errônea de explicar como o homem se tornou um ser social com esses atributos. Eles interpretam as características do homem como uma questão do seu nível de desenvolvimento como ser material e insistem em buscar sua origem na heterogeneidade dos componentes da matéria e a complexidade das estruturas. Esta é, de fato, uma opinião que considera as características essenciais do homem como produto de seu atributo natural e biológico, como resultado de seu desenvolvimento e aperfeiçoamento. Quando se fala do homem como um ser vivo é possível compará-lo com outros organismos e analisar os componentes biológicos de seu corpo e as características das estruturas. Porém, o homem que se refere a filosofia Juche somente tem um organismo altamente desenvolvido se vive e atua com espírito independente e criador e com consciência, dados que não pode ter nenhum outro ser vivo. O ponto de partida destes atributos se encontra na peculiaridade que nenhum outro organismo pode possuir e não no desenvolvimento de alguma propriedade comum dos seres viventes. O homem tem espírito independente e criador e consciência por ser um ente social que vive e atua como parte do coletivo social e mantém relações sociais. São atributos sociais que se formam e se desenvolvem no curso da história social em que as pessoas atuam por meio das relações sociais. Por ter tal organismo, pode se afirmar que o homem é o último produto da evolução e é o ser material mais desenvolvido. Por mais desenvolvido que seja seu organismo, o homem não teria se convertido em um ser independente, criador e consciente se não tivesse vivido e atuado em relações sociais formando um coletivo social. Se o homem não tem uma vida física, não pode ter uma vida sociopolítica, porém esta não nasce daquela. Do mesmo modo, a margem do organismo desenvolvido o homem não pode imaginar seu espírito independente e criador e sua consciência, porém suas características biológicas não lhe criam atributos sociais. Estes se formam e se desenvolvem no curso de seu nascimento e desenvolvimento como ser social, isto é, unicamente no curso do desenvolvimento histórico de suas atividades e relações sociais. Afirmar que a história da evolução da sociedade é o desenvolvimento do espírito independente e criador e da consciência do homem, quer dizer que estes atributos sociais se formam e se desenvolvem ao longo da história social. Assim ao analisar o homem desde o ponto de vista filosófico se deve partir, em todos os casos, da premissa de que o homem é um ser social.
Não obstante, alguns sociólogos levantam a questão dos elementos componentes da matéria e as estruturas, relacionando-os com as características essenciais do homem e falam como se eles constituíssem uma parte importante do conteúdo da filosofia Juche, do qual é uma expressão dessa tendência a interpretação feita como um ajuste a dialética materialista marxista, e não passa de ser um intento de justificar o errôneo método evolucionista de compreender as características essenciais do homem pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento de seus atributos biológicos.
Quanto as características essenciais do homem, é importante ter uma clara consciência do ente social. Os criadores do marxismo não apresentaram o assunto da essência do homem no marco das relações sociais, eles usaram o termo ente social como um conceito que significa as condições materiais da vida social e das relações econômicas que existem em forma objetiva e se refletem na consciência social. Claro que o ente social do qual falaram também é um integrante do homem, porque o consideraram como um fator componente das forças produtivas, como a totalidade das relações sociais. Ainda assim, eles não utilizaram esse termo para determinar as características essenciais do homem.
Ao formular a filosofia Juche nós empregamos em seu sentido original de que é determinante das características essenciais do homem. Segundo os princípios desta filosofia, o homem é o único ente social no mundo. Embora, alguns sociólogos ainda incluem obstinadamente à entidade as riquezas e as relações sociais, diluindo assim as diferenças entre estes fatores. As riquezas e as relações sociais se criam e se desenvolvem pelo homem e, por conseguinte, não podem incluir-se no conceito que define as características próprias do homem. Desde logo, quando se fala da filosofia marxista, é possível usar o termo ente social no sentido que lhe atribuem seus criadores. Porém, no que se refere a filosofia Juche, se se interpreta o conceito de ente social neste sentido, resultaria em uma compreensão vaga sobre as características do homem. Como a filosofia é uma nova filosofia com seu próprio sistema e conteúdo, não se deve tratar de interpretar suas categorias em um mesmo sentido das convencionais.
Uma causa principal de alguns sociólogos cometerem devaneios na explicação e na difusão da filosofia Juche consiste no fato de não partiram da exigência da prática revolucionária ao analisar os problemas filosóficos. A teoria deve basear-se na prática e estar a seu serviço. A teoria separada da prática não pode aclarar a verdade de maneira correta e não possui nenhum valor.
Também nas análises dos problemas filosóficos, o grande Líder, camarada Kim Il Sung, sempre partia da exigência da prática revolucionária e para dar respostas científicas aos problemas ideológicos e teóricos que esta apresentava, concebendo assim, a filosofia Juche. Nosso partido a sistematizou, aprofundou e desenvolveu integralmente, generalizando os frutos profundos da experiência revolucionária.
A prática revolucionária é a luta pela realização da independência das massas populares e estas são responsáveis por elas, razão pela qual na busca filosófica é importante implantar a teoria refletindo com acerto suas exigências e aspirações e generalizando suas experiências na luta, convertendo-a em seu patrimônio. Na sociedade exploradora a classe governante reacionária trata de utilizar a filosofia para defender e justificar seu regime de dominação e de fazer dela um objeto monopolizado por filósofos que representam seus interesses considerando as massas populares como seres ignorantes que não tem nada a ver com a filosofia, que não são capazes de compreendê-la.
Ao refletir as exigências e as aspirações das massas populares e generalizar suas experiências de luta, partindo do ponto de vista e da posição de que elas são donas de todas as coisas e os entes mais inteligentes, nosso Partido logra formular, aprofundar e desenvolver a filosofia Juche e convertê-la em uma arma para a luta. Eis precisamente a razão pela qual a filosofia Juche é a verdade adequada às necessidades e aspirações das massas populares como a independência e é uma filosofia popular que é compreendida com facilidade e tomada como arma para sua luta.
No entanto, certos sociólogos discutem questões que não tem quase nenhum sentido prático para indicar o caminho para forjar o destino das massas populares. O objetivo que perseguimos estudando a filosofia, consiste, em todos os casos, em esclarecer em que princípios e metodologia devemos basearmos para desenvolver a sociedade e forjar o destino das massas populares. O desenvolvimento da sociedade se orienta pela política e a filosofia Juche é, precisamente, aquela que lhe indica o fundamento de princípio da política que guia pelo caminho em linha reta. Neste sentido, a filosofia Juche é uma filosofia política.
Alguns sociólogos afirmam que para divulgar a ideia Juche, tendo em conta a peculiaridade de sua difusão para o exterior, deve-se explicar a filosofia Juche como desenvolvimento da dialética materialista marxista; porém, não devem proceder assim, e sim deixar claro que ela é uma nova filosofia revolucionária. É um erro justificado sob o pretexto da peculiaridade de divulgação no exterior, a explicam moldando à filosofia anterior ou a explicam como se fizesse parte da ideia Juche, temas contraditórios ao seu princípio fundamental. Além disso, no plano da divulgação no exterior não há porquê sacar a coleção essas questões carentes de sentido político e significação teórica e prática, passando por alto a exigência real de dar respostas claras, atendendo ao princípio fundamental da filosofia Juche, a muitos e urgentes problemas teóricos e práticos que se apresentam em escala internacional. Na difusão da ideia Juche para o exterior, há de se explicar de maneira correta e fazendo referência aos problemas reais, o fato de que a filosofia Juche é original, nova e revolucionária. Há de se procurar evitar que surja desvios tanto na divulgação para o exterior como na investigação, o estudo e a educação da filosofia Juche.
Esta é a filosofia revolucionária, filosofia política de nosso Partido, que esclarece o fundamento filosófico de sua ideologia reitora, a ideia Juche, e os princípios fundamentais da revolução. Não se trata apenas de um mero problema filosófico sobre a teoria, mas um problema de critérios relacionados e de posição com a ideologia do Partido. Procura-se que assimilem como verdade a ideologia do Partido, a defendam com firmeza e converta em convicção revolucionária para compreender, interpretar e divulgar de maneira correta a filosofia Juche.
Devemos sentir um alto orgulho e dignidade por ter uma grande filosofia política como a Juche e, estudando com profundidade seus princípios, aplicando-os ao pé da letra em atividades práticas para a revolução e sua construção. E temos que analisar e julgar todos os fenômenos da sociedade em estrita adesão aos princípios da filosofia Juche e aglutinar com firmeza as massas populares em torno do Partido e elevar o papel do sujeito segundo as exigências dela, impulsionando assim com força o processo revolucionário e construtivo.
Mesmo com a filosofia Juche que nossos cientistas e o resto do povo devem estudar, aprender e seguir, também deve conhecer a ideologia filosófica anterior, o Marxismo-leninismo. Sobretudo, os sociólogos têm que conhecê-las com clareza. No estudo da filosofia anterior é importante avaliar de maneira correta seus aspectos progressistas e positivos e, ao mesmo tempo, suas limitações de época e insuficiências. Somente conhecendo com clareza as limitações de época e a insuficiência ideológicas e teóricas da filosofia anterior, junto com seus méritos, é possível evitar o dogmatismo ao tratá-la e compreender com profundidade a originalidade e superioridade da filosofia Juche. Sobre a base do estudo e da assimilação desta a luz de seus princípios, os sociólogos devem prestar profunda atenção a conhecer claramente o mérito da filosofia anterior e, ao mesmo tempo, limitações e insuficiências.
Por outra parte, tem de guardar-se estritamente de toda classe de tendências filosóficas estranhas, contrárias a filosofia Juche e assegurar por completo a pureza desta. Se trata da filosofia mais vantajosa e vital, que é reflexo da exigência da prática revolucionária cuja verdade e justeza foi comprovada por ela. Hoje, no cenário internacional aumenta mais o interesse pela filosofia Juche e as fileiras de seus seguidores são estendidos, o que é uma prova eloquente de que é uma filosofia que dá respostas mais corretas para a prática revolucionária. Nossos sociólogos, firmemente convencidos da cientificidade, verdade, originalidade e superioridade da filosofia Juche, e com ela como guia, devem analisar e julgar todas as demais teorias filosóficas e assim prevenir a infiltração das mínimas correntes filosóficas estranhas.
Ao estudar e divulgar com amplitude e profundidade a filosofia Juche, de acordo com o propósito do Partido, todos os sociólogos devem dar maior brilho a sua grandeza e aumentar mais sua força de atração.
Declarações de Kim Jong Il à revista teórica "Kulloja", do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia. 26 de julho de 1996.