"Um ano da guerra genocida da Entidade sionista-EUA contra o povo da Palestina"
A Comissão 6 da Liga Internacional da Luta dos Povos (ILPS) e a Coalizão Camponesa Asiática emitem conjuntamente esta declaração de solidariedade com o povo da Palestina e, por extensão, com o povo da Ásia Ocidental, especialmente no Líbano, Síria e Iêmen, enfrentando o implacável e crescente ataque genocida da Entidade sionista.
Um ano após a operação Dilúvio de Al-Aqsa em 7 de outubro, que simultaneamente mostrou a força impressionante da resistência em terra pelo movimento de libertação palestino, moldada por gerações travando a luta pela genuína libertação nacional em solo palestino, e que de fato ameaçou as forças de ocupação da Entidade sionista na região árabe, a luta palestina por terra, justiça e paz continua viva.
Da Palestina ao Irã e Iêmen, Síria e Líbano, a Entidade sionista expande seu ataque extremo contra todas as forças que resistem ao seu projeto colonial-genocída de colonos na Ásia Ocidental. Sob o pretexto de “autodefesa” com apoio financeiro e armamentista massivo dos Estados Unidos, Israel tem atacado civis com diz um comunicado de imprensa das Nações Unidas relatando pelo menos uma criança morta a cada dois dias desde outubro de 2023. O número de mortos continua a aumentar a uma taxa alarmante na Palestina e no Líbano ocupados.
Além da grave perda de vidas, mais de 80% do setor agrícola foi deliberadamente dizimado, incluindo a destruição de mais de 60% das instalações agrícolas, 60% das árvores e 30% dos poços de água. Isso resultou em 96% da população de Gaza enfrentando uma crise alimentar, com todo o território classificado na fase de emergência de acordo com o IPC (Classificação de Segurança Alimentar). Entre os afetados, 64% dos moradores de Gaza comem apenas uma vez ao dia, 95% das mulheres grávidas e lactantes sofrem de pobreza alimentar severa e 90% das crianças sofrem de desnutrição, enfrentando graves ameaças à sua sobrevivência, crescimento e desenvolvimento.
Apesar das conclusões do Tribunal Internacional de Justiça sobre a ocupação ilegal da Palestina por Israel e das conclusões do Tribunal Penal Internacional sobre os crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos por Israel, o país continua sua guerra genocida inabalável, principalmente por meio do apoio do imperialismo estadunidense e da cumplicidade de seus aliados ocidentais.
Com carnificina, destruição e roubo perpetrados pelas forças de ocupação, fazendeiros, povos rurais e trabalhadores da terra constituem uma demografia significativa daqueles deslocados à força e violentamente marginalizados. A economia palestina há muito tempo foi subsumida e paralisada sob os ditames do estado de ocupação de Israel desde 1967. 75% da agricultura em Gaza já foi destruída e cerca de 43% de todas as terras agrícolas foram devastadas pelo uso de herbicida químico e fósforo branco por Israel. Esta ocupação em expansão deve ser reconhecida por sua intenção expressa de desabilitar completamente e, finalmente, anular qualquer forma de autodeterminação palestina. Portanto, qualquer tentativa palestina de estabelecer produção agrícola sustentável, indústria e segurança alimentar enfrenta severos obstáculos colocados pela ocupação sionista.
Um ano depois, o mundo não viu nada além da extrema escalada do genocídio dos EUA e Israel na Ásia Ocidental. Com muitos alertando contra o desenvolvimento em uma guerra em grande escala por proporções regionais, torna-se responsabilidade do mundo inteiro formar uma ampla unidade e ser claro na identificação e neutralização eficaz do inimigo. Se o projeto de ocupação EUA-Israel, com um apoio considerável de seus aliados ocidentais, puder implementar uma tentativa violenta de apagamento completo da Palestina, não é impossível que também liquide por força militar, econômica e política qualquer Estado soberano, especialmente no Sul global.
Apelamos a todos os povos e organizações antiguerra, anti-imperialistas e antifascistas para fortalecer e consolidar seu apoio e contribuição à luta dos palestinos na Palestina ocupada e na diáspora um ano após a operação Dilúvio de Al-Aqsa. Para tanto, a Comissão e a Coalizão resolvem reafirmar a justiça da resistência palestina e ampliar o apelo de seus povos rurais pelo retorno às suas terras e restabelecimento de sua agricultura nacional em direção à indústria e à segurança alimentar.
Permanecemos firmes em nossa convicção sobre a vitória certa dos povos da Palestina.
Do Rio ao Mar, a Palestina será livre!
Derrotar o Imperialismo dos EUA!
Acabar com a Ocupação pela Entidade sionista!