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REIMPRESSÕES

Foto do escritorNOVACULTURA.info

"Do povo, seu cantor"

Ilustração de Carlos Puebla

 

Carlos Puebla não era um trovador comum. Não poderia ser alguém que não se considerasse cantor, mas sim cantor, pois, na sua opinião, “cantor é aquele que tem alguma coisa a ver com isso”. Cantor é quem tem porquê”; e ainda assim, sones, boleros, guarachas e outras melodias nasceram das cordas de seu violão que, 35 anos depois de sua partida física, o perpetuam na memória da nação cubana.

 

Ele tinha em sua música a efervescência ardente da poesia e um som muito cubano vindo do âmago de um homem do povo que soube narrar a história de seu país, depois do brilhante janeiro de 1959.

 

Sob sua assinatura, e marcadas pelas travessuras crioulas e populares, suas composições encheram de simbolismo a pauta musical cubana e transcenderam o éter para se infiltrarem nos sentimentos daqueles que o batizaram, justamente, de “Cantor do Povo” e “Cantor da Revolução”.

 

Ele encarnou a simplicidade de quem viveu para a música e não dela, como uma simples forma de ganhar a vida, mas sim cultivando uma arte profunda e bela, que definiu sua identidade cubana em cada verso e em cada acorde.

 

O POETA É VOCÊ

 

Na música popular, na chamada canção leve, sempre houve quem optasse por deleitar-se com a banalidade desenfreada de suas canções, pois para esse tipo de intérprete pensar em abordar temas mais complexos representa uma loucura absoluta.

 

Portanto, ao lembrar personalidades da gama artística de Carlos Puebla, não nos referimos apenas a um respeitado compositor de sons espirituosos e guarachas amigáveis, mas a alguém que, desde uma autêntica raiz identitária, soube expressar em suas canções a gratidão de todo a cidade aos líderes da Revolução, que derrotou a sangrenta tirania de Batista, além de servir como um verdadeiro cronista das grandes mudanças sociais ocorridas naqueles primeiros anos da década de 60.

 

Nicolás Guillén, certa vez, disse-lhe pessoalmente: “você é o poeta”. Implícito na sabedoria do nosso Poeta Nacional estava o seu olhar abrangente sobre a alma do cantor, sustentado por valores éticos indiscutíveis na sua conduta como artista.

 

Em canções como Y en eso llegó Fidel, Canto a Camilo y La OEA es cosa de risa, manifesta-se a sua fidelidade ao ideal do forjador revolucionário. O culminar da obra deste criador é a sua composição dedicada ao Comandante Ernesto Che Guevara, o universalmente conhecido Hasta Siempre.

 

Afirma-se que em 3 de outubro de 1965, ao terminar de ouvir a leitura de Fidel da carta de despedida de Che ao povo cubano, Puebla se trancou em seu estúdio para não sair até terminar de escrevê-la, sem sequer imaginar que havia convocado o nascimento de um hino.

 

Legitimar o legado musical de Carlos Puebla nas novas gerações representa um enobrecedor ato de amor para com um artista do povo que manteve, até seus últimos momentos, fidelidade aos princípios desta Revolução que foi feita pelos humildes e para os humildes.

 

Do Granma




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