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"Quem precisava da Guerra da Coreia e por quê?"

 

Muito tempo se passou desde que o fogo da guerra cessou nesta terra, mas ainda hoje, nosso povo recorda um por um os crimes do agressor, o imperialismo estadunidense, e seu sangue ferve de ódio e desejo de vingança.

 

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou como segue:

 

“A Guerra da Coreia é um resultado direto da política externa agressiva dos Estados Unidos”.

 

A guerra não ocorre por acaso ou de forma natural.

 

Olhando para a história mundial das guerras, a provocação da guerra sempre foi, sem exceção, cometida pelo lado que tinha interesses, seja por questões políticas ou econômicas.

 

Sendo assim, quem precisava da Guerra da Coreia e por quê?

 

Hoje, mais de 70 anos depois, voltamos a analisar esta questão em detalhes.

 

Produto inevitável da ambição do imperialismo estadunidense pela dominação mundial

 

O imperialismo estadunidense, que emergiu como chefe do imperialismo mundial após a Segunda Guerra Mundial, começou a concretizar sua ambição de dominar o mundo, que perseguia desde a sua fundação.

 

Os EUA, que definiram a dominação mundial como a direção geral de sua política externa, lançaram uma ofensiva ativa para bloquear o crescimento do socialismo e das forças de libertação nacional e para “dividi-las e destruí-las”. A teoria da dominação mundial defendida pelos EUA foi formalizada na “mensagem” do Presidente Truman ao Congresso.

 

Em 19 de dezembro de 1945, Truman enviou ao Congresso uma “mensagem” em que disse: “Devemos reconhecer que a vitória que obtivemos, gostemos ou não, colocou sobre os EUA a pesada responsabilidade de liderar o mundo no futuro”. E, num discurso proferido em 10 de janeiro de 1950, apontou: “Foram necessárias duas grandes guerras e 30 anos para sentirmos que ocupamos a posição de liderança no mundo. Hoje esperamos manter esta posição superior.”

 

O imperialismo estadunidense considerou a Coreia como importante base estratégica e trampolim para garantir o domínio sobre a Ásia.

 

No documento ultrassecreto nº 4849 da Comunidade de Inteligência do Departamento de Estado dos EUA, mais tarde revelado, há o seguinte trecho:

 

“...Devido à localização geográfica que a Coreia ocupa no Nordeste Asiático, que influencia tanto a Coreia quanto seu povo...Uma vez que fortalecerá significativamente a posição dos EUA, não há dúvidas sobre a importância política da Coreia para os EUA.”

 

Imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, o conselheiro especial do Presidente dos EUA propôs uma invasão da Coreia, dizendo: “Embora a Coreia seja um país pequeno, será o palco para uma guerra ideológica que poderá determinar o nosso sucesso global na Ásia.”

 

MacArthur, comandante do Comando do Extremo Oriente dos EUA na época, também via a Coreia como “um posto militar avançado de valor inestimável”. Em outras palavras, a ideia era usar a Coreia como “ponte” para a invasão do continente. Recebendo o apoio de Truman, o argumento de MacArthur foi implementado como política.

 

A razão pela qual Truman tentou alcançar a dominação mundial usando a Coreia como posto militar avançado foi porque esta seria o “local de batalha ideológica” mais feroz, em que o confronto político entre o comunismo e o capitalismo seria mais intenso.

 

John Foster Dulles, enviado especial do Presidente dos EUA, comparou a Coreia a uma “adaga” que corta o “pedaço de carne” chamado Ásia. Sua fala ignominiosa foi uma expressão flagrante de que os imperialistas estadunidenses deveriam ocupar a Coreia para invadir e dominar a Ásia.

 

Após a Segunda Guerra Mundial, os EUA tentaram aproveitar a oportunidade vantajosa como potência vitoriosa para ocupar a Coreia, mas não conseguiram alcançar seu objetivo.

 

Na época, o Presidente dos EUA, Truman, confessou: “O Departamento de Defesa insistiu em que o exército estadunidense aceitasse a rendição do exército japonês na Coreia, mas os EUA não podiam fazê-lo sem sacrificar a estabilidade da força de desembarque que inicialmente entraria no continente japonês... Não houve tempo para enviar tropas.”

 

Após a Segunda Guerra Mundial, os imperialistas estadunidenses tentaram ocupar a Coreia, expandindo o âmbito de sua ocupação militar. O Major-General Wedemeyer, que estava na China na época, informou a Washington que a independência da Coreia era uma séria ameaça aos interesses gerais dos EUA e nunca deveria ser permitida, e que o âmbito de ocupação militar também deveria ser ampliado.

 

Em um certo livro, foi escrito que “as conclusões do relatório de Wedemeyer foram postas em prática. Essa foi a Guerra da Coreia.”

 

Desta forma, a Guerra da Coreia foi um produto inevitável da ambição do imperialismo estadunidense pela dominação mundial.

 

Uma saída para a grave crise política e econômica

 

Para os imperialistas estadunidenses, a Guerra da Coreia também foi necessária para escapar da crise política e econômica que varia os EUA.

 

O Presidente dos EUA, Truman, anunciou a “Doutrina Truman” em março de 1947, declarou a Guerra Fria e começou a perseguir uma estratégia de contenção da União Soviética.

 

A tarefa mais importante que Truman teve de resolver com urgência foi garantir uma força militar proporcional à estratégia de contenção da URSS.

 

Isto estava relacionado ao fato de que o governo Truman, sob forte pressão social, não resistiu ao êxtase da vitória e ao espírito de paz que varria todo o território estadunidense logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, e reduziu significativamente as forças armadas.

 

O número total de tropas dos EUA atingiu o pico de 12 milhões durante a Segunda Guerra Mundial, mas depois diminuiu para 1,4 milhão.

 

O orçamento de defesa dos EUA em 1947 não ultrapassou 14,4 bilhões de dólares.

 

Truman apelou repetidamente ao Congresso para aumentar o orçamento da defesa, dizendo que os EUA poderiam ameaçar a União Soviética com armas nucleares, mas que as forças terrestres e aéreas deveriam ser reforçadas para lidar com crises locais que ocorrem em países como a Coreia.

 

Entretanto, o Congresso dos EUA ignorou as exigências de Truman e e reduziu ainda mais o orçamento de defesa para o ano fiscal de 1948, estabelecendo-o em 11,7 bilhões de dólares. Além disso, no início de 1948, aprovou uma legislação abrangente de cortes de impostos.

 

Na segunda metade de 1949, ocorreram dois incidentes que abalaram profundamente a classe dominante estadunidense.

 

Uma é que a URSS quebrou o monopólio dos EUA sobre armas nucleares e a outra foi a proclamação da fundação da República Popular da China.

 

Além disso, a depressão econômica que varreu os EUA e o surgimento de um grande número de desempregados foram problemas graves.

 

O livro japonês “Guerra da Coreia” afirmou que a recessão econômica dos EUA, que começou em 1948, se agravou ainda mais em 1949. A produção industrial caiu 15% em comparação ao ano anterior, e os lucros do capital monopolista diminuíram 16%. O livro argumenta que a Guerra da Coreia não estava desconectada desses eventos.

 

A grave crise econômica nos EUA foi um golpe fatal para Truman, que tentava a reeleição nas eleições presidenciais de 1952.

 

A classe dominante dos EUA encontrou a saída na Guerra da Coreia.

 

Mais tarde, James Van Fleet confessou: “A Coreia foi uma bênção. A Coreia tinha que existir nesta terra ou em qualquer outro lugar do mundo.”

 

Publicações estadunidenses publicaram artigos como “Uma empresa chamada 'Coreia' reviveu a economia” e felicitaram os conglomerados dizendo que “isso dissipou o espectro da depressão que atormentava o comércio estadunidense desde o fim da Segunda Guerra”.

 

O livro “Política de Segurança Nacional dos EUA e seu processo”, revela como Truman, Presidente dos EUA, desencadeou a Guerra da Coreia em 1950 da seguinte maneira

 

“O difícil problema enfrentado pela administração Truman foi resolvido pela Guerra da Coreia em 25 de junho de 1950...

 

Aproveitando a Guerra da Coreia como pretexto, Truman conseguiu aumentar os gastos militares dos EUA de 1,3 bilhão de dólares no ano fiscal de 1950 para 5,04 bilhões de dólares no ano fiscal de 1953. Além disso, ele conseguiu pressionar os países membros da OTAN a aumentarem significativamente seus gastos militares.

 

Simplificando, a Guerra da Coreia tornou possível o rearmamento dos EUA.”

 

Além disso, o objetivo dos EUA de “salvar” da destruição o regime títere de Ri Sung Man, que estava em crise extrema, foi também uma razão importante para a provocação da guerra.

 

A verdade da história não pode ser escondida ou apagada.

 

Por mais que os imperialistas estadunidenses utilizem todo tipo de maquinações, nunca poderão esconder a sua identidade como provocadores da Guerra da Coreia.

 

Por Kim Hyon Chol, no Rodong Sinmun

 

Tradução do A Voz do Povo de 1945

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