"Os méritos de Stalin"
Vamos expor algumas ideias sobre Stalin e o período de Stalin na União Soviética. Vamos tentar fazê-lo em menos de uma hora. E isso deve servir ao debate nas células operárias e nas outras unidades de organização. Eu vou, em geral, abordar as duas temáticas acima. Eu vou introduzir lendo um texto de um dissidente bem conhecido no Ocidente que trabalha na Alemanha, ele se chama Alexander Zinoviev, que quando era jovem, entre 1937 e 39, preparou com alguns camaradas um atentado contra Stalin. Ele ficou na prisão por isso e que depois viu toda a degeneração da União Soviética e a restauração do capitalismo selvagem e disse, no ano passado: “Quando eu percorro a história da Rússia nesse século, eu então digo que Stalin foi o maior gênio político do século vinte.” Isso é muito surpreendente vindo da boca de um homem que fez carreira anticomunista.
Em um primeiro ponto que vou abordar, vou analisar a questão sob um ângulo ideológico, a questão de Stalin, como se diz, da forma que ela tem sido abordada há quarenta anos. A primeira coisa que vou dizer é que quando vemos a luta de classes e quando vemos a luta ideológica no nível internacional, é preciso dizer clara e fortemente que Stalin e sua obra representam a classe operária e as forças revolucionárias, representam as forças anti-imperialistas. A atitude diante de Stalin é sempre uma atitude de classe. Não existe provavelmente uma outra questão ideológica que exprima mais claramente a posição de classe verdadeira das diferentes forças que se apresentam na cena mundial.
Quando se é novo se é educado na verdade de que Stalin era um ditador, que era um criminoso, um terrorista. Você pode dizer de tudo, tudo é permitido. A primeira coisa que se deve dizer é que todos os revolucionários foram tratados assim. Então, há um quadro de um velho cartaz que é um desenho anticomunista e antissocialista belga, nele se vê o velho Marx, aqui se vê um machado, as casas queimando, esperava-se ver Stalin aqui, mas é o velho Marx (ele não menciona a data, mas parece ser do princípio do século). Tudo de que se acusa hoje Stalin, já se acusou Marx, já se acusou Lênin. O primeiro que apareceu sob o título de “czar vermelho” entre 1924-25 foi Lênin.
Na Bélgica, a campanha anticomunista foi mais forte nos anos 30. Como a Bélgica é um país muito católico, ela foi o ataque contra a república espanhola que foi atacada nos mesmos termos em que se fala de Stalin hoje em dia: é Stalin quem bota fogo em toda a Europa, que mata as mulheres, as crianças, os padres, os religiosos. Trata-se da Espanha, onde os fascistas estão dando um golpe apoiados pelos fascistas hitlerianos e italianos que interferem. Mas é Stalin que é mostrado interferindo.
Quando o nazismo ascendeu na Alemanha, o ponto essencial de sua propaganda durante o período hitlerista não foi, sobretudo, contra os judeus. Os judeus e o antissemitismo eram um aspecto importante, mas o aspecto mais importante, que você pode ver no Minha Luta (MeinKampf), você pode ver em toda propaganda alemã, é o anticomunismo. E então você vê, não é Stalin ainda, é o bolchevismo. Aliás, é o bolchevismo que era o “terror” até o fim da Segunda Guerra Mundial. O stalinismo nasce no discurso da direitaem 1944, ao fim da guerra. Mas então, [o comunismo é] a morte, as bombas, eles queimam as cidades, enforcam as pessoas, então, são os 30 milhões de mortos que você conhece de Stalin.
Há uma coisa interessante a dizer sobre tantas mortes mencionadas nas campanhas [anticomunistas]: há alguns anos, um anticomunista completo, Brezinski [provavelmente Zbigniew Brzezinski] escreveu um grande livro anticomunista bem conhecido, então aqui ele diz que agora podemos ter a certeza de que Stalin matou 30 milhões de pessoas na União Soviética. Então, o que é interessante é ver de onde saiu o valor de 30 milhões de mortos, ressuscitou e como foi usado. Há poucas pessoas que sabemos 30 milhões de mortes de Stalin, eles são encontrados aqui (ele exibe o livro de Hitler): então, é a Bíblia do nazismo que foi escrita por Hitler na prisão entre 1925-26. Então, aqui ele fala de 30 milhões de pessoas mortas de forma bárbara pelo bolchevismo. Mas no ano de 1925, Stalin ainda nada tinha feito de especial: os graves acontecimentos que se passaram na União Soviética naquela época são os da guerra civil, e nós sabemos que na guerra civil houve8 ou 9 milhões de mortes devido a intervenções estrangeiras. Mas a lorota dos 30 milhões de mortos horrivelmente massacrados pelos bolcheviques, começou com o “MeinKampf”, e não parou: até 1989, com a grande campanha anticomunista, Brzezinskiainda está lá, com 30 milhões de mortos. E, portanto, como as pessoas são condicionadas contra o socialismo, contra o comunismo, contra a revolução, o que, aliás, está muito bem explicado nesse exemplo, onde os nazis foram a vanguarda de todas as forças burguesas e oportunistas.
Eu acrescento que, quando vemos a história desse século e vemos o mesmo em todos os países do mundo, todos os imperialistas, todos os burgueses, todos os fascistas, todos os imperialistas (de novo) estão sempre amargamente contra Stalin. Isso é muito interessante observar, especialmente para as pessoas que estão começando a militar pela revolução, é um ponto importante sobre o qual temos que refletir. Como tudo que é reacionário, tudo de pior está sempre lutando, principalmente, contra Stalin? O ponto é que não é tanto Stalin quanto o marxismo-leninismo, é a revolução que foi encarnada nesse último período pelo marxismo-leninismo, durante dezenas de anos, por Stalin. E, portanto, veio a guerra antifascista. Era Stalin que dirigia os terroristas na Bélgica, na França, por isso você vê tem um terrorista com um capuz, é um resistente. Assim, são aqueles manipulados por Stalin, e, para ser mais preciso, pelo “judeo-bolchevismo”. Porque você tem o judeu de plantão, ou seja, era Stalin que encarnava o pior do judaísmo, ou seja, há então a ideia de judeo-bolchevismo, ideia da qual o mestre seria Stalin.
Eu vou então sublinhar aqui um outro ponto: a burguesia, ela guerreia de diferentes formas contra a classe operária e os países do terceiro mundo. Desde o tempo do nazismo, a doutrina de guerra da burguesia foi repensada por toda a classe e tornou-se muito complexa e sofisticada. Em todos os manuais que você puder ler sobre a guerra psicológica, a guerra política e psicológica é já parte constituinte da guerra. A guerra armada é preparada nos períodos de paz pela guerra política e psicológica. A burguesia leva [sua dominação] pelos meios mais ou menos pacíficos, pelo controle, pela espionagem, pela expulsão dos revolucionários. Mas então ela prepara psicologicamente e politicamente a guerra militar [a guerra propriamente dita].
Então, você se pergunta, eles têm milhares e milhares de especialistas que não fazem mais que isso, preparar a guerra psicológica e a guerra política. Mas eles se ocupam de quê? Eles se ocupam de fazer propaganda antistalinista, melhor dizendo, a propaganda anticomunista, é o nó de toda a propaganda, de toda a guerra política e psicológica. E é já o caso da burguesia no tempo de Hitler, porque Hitler mobilizava a partir de dois temas: 1) sobre o perigo do bolchevismo e, 2) o terrorismo. Porque os partisans na Bélgica, na imprensa, sobre a ocupação, eram os terroristas. Então os dois mecanismos da guerra política e psicológica são os mesmos até hoje em dia. Então, condicionam-se as pessoas contra o stalinismo, contra o terrorismo. O último exemplo é o assassinato de Chris Hani, o dirigente do partido comunista da África do Sul, então ele era um homem com posições anti-imperialistas consequentes, ao contrário de Mandela, que é um oportunista convicto. Então, quando assassinaram Chris Hani, esse assassinato foi acompanhado de uma campanha chamando-o de “stalinista incorrigível”, “stalinista depravado”, “chefe dos terroristas” porque ele dirigia o exército do Congresso Nacional Africano. Foi assim durante Hitler, mas é assim ainda em todas as campanhas revolucionárias no mundo.
E, nessa introdução, eu vou sublinhar agora um último ponto, que é aquilo que o anti-stalinismo significa realmente: seu caráter de classe, então deixamos de lado todas as conversas, as palavras de esquerda utilizadas para fazer anti-stalinismo. Então, quando vemos um caráter de classe, vemos mais claramente o que se passou na União Soviética nos cinco últimos anos. Então Stalin, ele está morto há décadas. Kruschev, que veio depois, demoliu toda sua obra, ele demoliu as posições políticas e ideológicas de Stalin, Brejnev continuou, Gorbachev acabou o serviço. Então são 35 anos de campanha anti-Stalin. Dizendo que iam “retornar ao leninismo” e iam “melhorar” o comunismo. Quando vemos a propaganda entre nós, em 1989, então na televisão, cada noite havia uma dose de anticomunismo. No movimento que destruiu o que restava e fazia lembrar, ainda, o comunismo na União Soviética, vimos a união de todos os oportunistas, todas as correntes que são, no fundo, anticomunistas, se conjuraram contra o comunismo: vimos juntos todos os social-democratas, assim como os revisionistas, todas as seitas trotskistas, ecologistas, todas. A manifestação mais clara aconteceu no parlamento belga, depois de uma moção para condenar os acontecimentos na Romênia. Então, o deputado fascista Annemans, do VlaamsBlook, ergueu-se para fazer um comentário sobre a votação, dizendo: “eu felicito a todos vocês parlamentares, mas eu chamo a atenção de vocês para o fato de que, há trinta anos, estávamos sós a defender essa posição”. E então, pelo menos uma vez, o fascista tinha razão: os fascistas, no domínio do anticomunismo e do antistalinismo, sempre estiveram na vanguarda.
E você pode ver, nesta campanha anticomunista que liquidou tudo o que restava do socialismo na União Soviética, que eles reuniram todos os oportunistas e todos burgueses e todas as forças pequeno-burguesas. E não durou dois ou três anos antes do caráter de classe real de toda esta demagogia que tivemos neste momento ficar clara.
Então, nós tivemos os trotskistas dizendo que, com a derrubada do stalinismo, a social-democracia se desenvolveria. Os trotskistas diziam que, na Bélgica, Tchecoslováquia, estávamos presenciando a forma que eles chamam de “revolução antiburocrática”. E por isso não durou dois anos em que até para um cego, mesmo para um tolo, ficou claro o que a sua propaganda significava em termos de classe. Assim, em poucos anos, o que temos? Em 89, a burguesia disse: “Na União Soviética há uma crise, de acordo com Gorbachev, há uma crise, porque o crescimento econômico é de apenas 1 %. Então é uma situação insustentável”. Há uma crise. Nós derrubamos o que restava de socialismo e foi introduzido o capitalismo, e em quatro anos, a produção caiu em 50%. Mas então, isso agora não é um problema, nós avançamos no caminho das reformas e da democracia, dos direitos humanos. Sendo assim, pode até cair a produção, mas afinal a metade de toda a produção industrial foi destruída. Na BBC, ouvi lá há dois meses, ouvi um programa e o correspondente em Moscou disse: “Deve-se notar que todas as empresas que funciona matualmente são dirigidas pela máfia”. Isso é dito assim na cara dura!
E a BBC é a vanguarda da propaganda anticomunista, como foi antes do período que antecedeu a queda do Muro de Berlim.
Hoje, na antiga União Soviética, 80 % da população está abaixo da linha da pobreza, segundo dados do [Yeltsin] mesmo. É uma situação quase impossível para as pessoas, [principalmente] para as crianças, porque que a União Soviética é o único país industrial do mundo onde a população está caindo agora, onde há mais mortes do que nascimentos. E depois há as guerras civis em toda parte: Armênia, Azerbaijão, Geórgia, Tadjiquistão. E nós sabemos, existem os ataques da máfia e assassinatos causados por ela em todas as grandes cidades. Já existem pelo menos 60 milhões de mortes. E sendo assim é uma ditadura feroz, mafiosa. A nova burguesia é absolutamente bárbara!
Assim, o sentido de classe por trás dessas palavras, a realidade das classes, os interesses de classe da campanha antistalinista são agora claros para todos aqueles que querem ver. Claro, [existirão] sempre pessoas que têm interesse em não ver: ele também é um aspecto da luta de classes.
Em seguida, há um segundo ponto que quero sublinhar. Quero falar do mérito histórico de Stalin. E assim, eu quero enfatizar o ponto em que, na minha opinião, indica claramente que Stalin é a figura política que teve o maior impacto sobre os acontecimentos na história deste século e suas realizações, no que diz respeito à área de construção do socialismo e da luta anti-imperialista sob Stalin, são incomparáveis neste século. Isto é, claro, Lenin deu bases teóricas, políticas e ideológicas de construção do socialismo na União Soviética, mas a realização, na União Soviética e no mundo do socialismo e do movimento a respeito do socialismo e do anti-imperialismo, foi Stalin quem fez. E eu quero fazê-lo dez pontos.
Em primeiro lugar, quero enfatizar o papel de Stalin na guerra civil de 1919-1920, essencialmente, que finalmente decidiu a vitória da ditadura do proletariado na União Soviética. Em primeiro lugar, quero lembrar que, entre os líderes do partido bolchevique, Stalin foi um dos poucos que permaneceram o tempo todo na Rússia e sempre levou a luta entre o povo, na clandestinidade ou na prisão. Assim, a maioria dos líderes fugiu para o estrangeiro, e muitos permaneceram desde 1903, com algumas interrupções, em 1905, no exterior. E assim foi ele que teve a influência maior para o partido no país, o impacto, foi Stalin.
Na Primeira Guerra Mundial, ele foi preso, ele foi enviado para a Sibéria era sua quinta prisão. Sabemos que a Primeira Guerra Mundial foi uma guerra interiimperialista, ou seja, em todos os lados que lutaram pela redivisão do mundo, e nós lutamos por mais colônias, o que era uma guerra injusta, esta guerra era errada de ambos os lados. E nesta guerra, quem mais sofreu foi o povo russo: foram 2,5 milhões de mortes. Era um povo que já carregava o peso terrível do czarismo, que era o mais reacionário e o regime mais cruel na Europa, e acrescento-lhes a destruição da guerra e de 2,5 milhões de mortos. E o que o czarismo, que ainda estava tornando-se muito frágil, foi derrubado em fevereiro, mas a burguesia, os social-democratas que tomaram o poder depois de fevereiro continuaram a guerra e continuaram a enviar as pessoas ao massacre. Isto é o que deu a essência da Revolução de Outubro, o que, em última análise, custou muitas vidas, por isso, a própria Revolução de Outubro foi tão sangrenta. O caso tornou-se sangrento quando todos os czaristas, todos os burgueses e todos os social-democratas, uniram-se e Kerensky foi enviado a Londres para pedir o império britânico para intervir, o que eles fizeram, é claro, de bom grado. Assim, veio o exército britânico, é claro, mas os alemães vieram primeiro. Antes do fim da guerra, mas então quando os alemães foram derrotados, foram os ingleses, que se reuniram para atacar a União Soviética, foram franceses, tchecos, foram os japoneses e os norte-americanos, foram os poloneses, e, portanto, foram oito potências aliadas que tentaram destruir a União Soviética nascente.
Os bolcheviques partiram de outubro, quando a revolução foi realizada, tendo por volta de 33 mil membros, de modo que era um pequeno grupo clandestino de dezenas de milhares de membros, era extremamente pequeno. Então, se os bolcheviques e sua linha política não pensassem a adesão das massas camponesas, este pequeno partido teria sido varrido! Portanto, se este pequeno partido ganhou não apenas contra os czaristas e a burguesia, mas contra todos os aliados imperialistas, foi apenas porque a sua política correspondia aos interesses dos trabalhadores, de qualquer maneira, mas também a toda massa de camponeses. E foi decidido através de uma Guerra Civil onde os camponeses em sua maioria não tinham formação ou não sabiam ler nem escrever, ou nunca foram tocados por ideias socialistas, tinham visto na prática quem queria efetivamente dar a terra aos camponeses. Existem áreas onde os agricultores mudaram de lado cinco vezes, ora com os bolcheviques para ganhar a terra e ora atrás da campanha anticomunista, eles foram para o outro lado. Mas isso, eventualmente, em todo o país, o campesinato fez sua escolha, porque só o partido bolchevique estava defendendo os interesses dos trabalhadores e camponeses.
Assim, a guerra civil foi o fator decisivo para a construção do socialismo, e eu quero enfatizar que lá um importante papel foi desempenhado por Stalin. Trotsky entrou no partido apenas em 1917, ele não pertencia ao partido bolchevique, e, portanto, quando a falência de todos os oportunistas e frações mencheviques foi provada, ele não podia fazer nada a não ser juntar-se aos bolcheviques, que foi o que ele fez em 17. E assim, ele tinha grande capacidade de organização, organizou um exército central, mas aquele que foi enviado por Lenin em todas as frentes em que houve situações catastróficas, era Stalin. Então Stalin passou de uma frente para o outra, onde as coisas eram decididas no serviço militar, por isso é também foi nesta guerra que Stalin, como o único líder bolchevique [a permanecer no país], ganhou experiência militar em batalhas que foram extremamente importantes para o curso da segunda Guerra Mundial.
O segundo ponto que quero enfatizar é que, após a vitória da Guerra Civil, foi Stalin quem defendeu a tese leninista da possibilidade de construção do socialismo na União Soviética, em um só país, se necessário. Assim, os bolcheviques, Lenin, Stalin, sempre foram internacionalistas, e o objetivo final sempre foi a revolução mundial. A classe trabalhadora a esperava, claro que com as primeiras insurgências na Primeira Guerra Mundial, os trabalhadores se levantaram em todos os lugares: na Alemanha, França, Bélgica. No entanto, a história passou-se como na insurreição dos trabalhadores na Alemanha, os trabalhadores estavam ainda despreparados, liderados por Liebknecht e Rosa Luxemburgo, essa revolução foi esmagada em sangue, ou seja, a revolução, como na França e na Bélgica, não ocorreu. A burguesia inglesa e francesa tentou esmagar o socialismo na União Soviética, eles não conseguiram, eles tiveram que recuar, porque ainda havia uma efervescência revolucionária em seus próprios países. Assim, quando em 1920-1921, a realidade é que o partido da ditadura do proletariado tomou o poder na União Soviética sozinho, e em toda parte, a grande onda revolucionária tinha terminado. Ainda existiam lutas, mas foi logo após a Segunda Guerra Mundial que as coisas eram mais difíceis para a burguesia e a classe trabalhadora fez algumas revoluções.
Então, o que deve ser feito [agora]? Então, esperávamos que a Alemanha fizesse a revolução, e a França, porque, obviamente, para um país moderno, desenvolvido, seria mais fácil para um país atrasado como a Rússia desenvolver-se. Isto não aconteceu, o que deve ser feito agora? E assim é que houve um debate que durou cinco anos na União Soviética: Stalin, Bukharin, Kamenev e os outros, e Trotsky. Assim, Trotsky defendeu a tese, em 1905, de que é impossível construir o socialismo em um só país, que esta revolução inevitavelmente falha, entra em colapso. E então a única coisa que podemos fazer é, como ele disse, exportar a revolução para a Europa. Assim, por um lado, era uma posição de aventureirismo, e por outro lado era o pessimismo, derrotismo e, enfim, liquidacionismo. E então foram os operários e camponeses que sofreram, mostraram heroísmo para derrotar o czarismo e a burguesia, eles disseram: “olha, nós estamos sozinhos, por isso, queridos amigos, é uma pena, mas será para a próxima vez, porque desta vez não dá”.
E, portanto, o partido bolchevique concordou em discutir sobre isso com Trotsky durante quatro a cinco anos! Portanto, isso implicava em destinar forças para isso e esse debate paralisou muito o país. Portanto, neste debate, o que ficou foi essencialmente que Stalin expressou confiança no Partido bolchevique, confiança na classe trabalhadora, para confiar também na leninismo como doutrina da revolução, como uma doutrina da construção socialista e, portanto, enquanto doutrina, expressou o que Lenin fez nos últimos dois anos de sua vida, expressando a certeza de que, nas condições específicas do mundo, tínhamos tudo o que era necessário para a construção do socialismo na União Soviética. Por isso, foi Stalin que defendeu essas ideias, que também correspondiam às necessidades dos trabalhadores e camponeses. E ele o fez.
O terceiro ponto que quero enfatizar é que foi Stalin quem realmente construiu o partido bolchevique como um partido de massas. Assim, a ideologia, a linha política, a concepção do partido, foi Lenin quem criou, em segredo e na luta contra o czarismo. Mas eu disse, em 1917, na época da revolução, eram 33.000 membros, não mais. Durante a Guerra Civil, não existiam cerca de 600.000 filiados e depois da guerra civil, Lenin fez a primeiro expurgo, o primeiro expurgo foi organizado por Lenin, reduziu-se o partido a cinquenta por cento dos membros.
Muitas pessoas entraram no partido bolchevique para ganhar terra, eram jovens agricultores, mas em questão de conhecimento do comunismo, o marxismo, mesmo coisas básicas, não havia nada, então tivemos que resolver, então eles tinham por volta de 300 000 quadros, quando eles começaram a construir o país. Cerca de dez anos mais tarde, 1931-32, são 2.500.000. Assim, na batalha para o país para se industrializar, coletivizar, para as revoluções culturais, tinha absorvido as forças jovens da classe operária e do campesinato: chegou 2.500.000 pessoas.
E então, o que quero dizer é que quando vemos as lutas políticas, foi Stalin quem, principalmente, assim como a política de Lênin, formou o partido nestes projetos e, assim, criou um partido de massas capaz de conduzir toda a classe operária e do campesinato em qualquer tarefa que quase todo mundo pensava que era impossível. Não eram apenas os trotskistas que disseram que era impossível, aqui no Ocidente, ficou claro para todos que esta loucura não poderia durar. Mas depois, graças às habilidades organizacionais e inspiração política e formação política de Stalin, a União Soviética tinha um partido capaz de liderar este processo extremamente complicado. E assim foi Stalin, que também, nestes jovens camponeses e trabalhadores, incutiu o espírito de sacrifício, o espírito de heroísmo também no trabalho, e que completou a União soviética, mas também mudou completamente a situação do mundo.
O quarto ponto que quero enfatizar é que, ao contrário de muito do que a propaganda burguesa diz, Stalin foi um grande teórico e, portanto, é importante sublinhar a sua obra teórica. Então, primeiro, ele combateu adequadamente e com precisão, com base na obra de Lenin, contra todas as tendências oportunistas que houve, e eram muitas no Partido. E dois, foi aplicado na construção das concepções leninistas que a União Soviética defendeu: há uma defesa teórica, mas não é uma aplicação e desenvolvimento na prática. E, sublinhemos, no trabalho teórico, Stalin é diferente de Lênin, que muitas vezes escreve para grupos intelectuais que dirigem o movimento popular e revolucionário, que dá trabalho, por vezes, é muito complicado de entender, porque há discussões muito sofisticadas. Então Stalin estava em uma situação diferente: ele governa o país, ele construiu um país de massas e deve educar os milhões de trabalhadores e camponeses comuns que apenas sabem ler e escrever, de modo que o resultado é que o trabalho tem uma qualidade muito elevada em termos educacionais, ou seja, você pode fazer o teste: então, muitos trabalhadores vão compreender mais facilmente os textos de Stalin.
E assim é por isso que recomendo textos como Os Fundamentos do Leninismo. Estes são cursos de leninismo que ele deu à Universidade Sverdlov em 24, por isso é chamado de fundamentos, são princípios, é muito curto, mas é absolutamente brilhante, porque você tem uma síntese de quase toda a obra de Lenin, ele pegou o essencial, e isso faz com que seja compreensível para um trabalhador. Você ainda pode passar ainda hoje aos trabalhadores. E, em seguida, o segundo livro que é de importância decisiva para a construção do partido bolchevique da União Soviética, mas também para o mundo comunista, ele foi estudado na resistência contra os fascistas no Vietnã, China, Iugoslávia, Albânia, Bélgica, França, esta é a “História do Partido Comunista Bolchevique”, que foi preparado sob a direção de Stalin. E por isso, também, é um modelo de clareza. Muitos pontos essenciais sintetizam todos os tópicos que havia de diferenças entre Lênin e os oportunistas. E assim, ainda acho que essas duas obras (Fundamentos de Leninismo e História do Partido Bolchevique da URSS), juntamente com O Manifesto Comunista eO Estado e a Revolução, Lenin estes são os quatro livros que estão no escopo do trabalhador e, pode, deve constituir base da consciência comunista ainda hoje.
O quinto ponto que quero desenvolver é que Stalin fez a tarefa que foi considerada impossível, a industrialização da União Soviética. Em 1923, a União Soviética saía de uma guerra mundial e uma guerra civil, sete anos de guerra ininterrupta que devastou grande parte do país. Quase tudo foi destruído, não havia quase nada de pé e era um país atrasado já antes da guerra. Então, a economia foi recuperada por Stalin e, em seguida, ele lançou o primeiro plano em 28, lançando para o mundo a concepção de uma economia planificada e tudo isso graças ao heroísmo no trabalho, ao espírito de sacrifício da classe trabalhadora. Estas foram as duas forças principais através das quais percebemos o milagre da industrialização: é a economia planificada, é o espírito revolucionário, o espírito heroico de trabalho da classe trabalhadora.
Quando o plano de cinco anos começou, o primeiro no ano de 1928, a União Soviética gastou 14% de sua renda nacional no plano. Porque então toda a renda nacional, 14%, foi utilizada essencialmente para novos negócios, ferrovias etc. No primeiro plano de cinco anos, começamos com uma certeza: se a União Soviética não obtiver resultados em um período de 10-15 anos, a industrialização completa do país, o que a tornará capaz de continuar a luta no campo econômico junto aos países imperialistas mais avançados, se não acontecer este milagre, vamos ser esmagados. E os trabalhadores e camponeses foram educados neste espírito: durante a guerra, os capitalistas realizaram 20 ou até 21 intervenções, eles vão parar, mas compulsivamente, eles voltam assim que a oportunidade surgir. Houve crises entre a União Soviética e Inglaterra. Você deve saber que os japoneses atacaram a China, e assim havia a ideia de que o tempo era curto, no tempo do plano quinquenal. Então os líderes disseram, a industrialização custou cerca de 44% da renda nacional, portanto, a União Soviética e Stalin disseram aos trabalhadores que era preciso fazer sacrifícios, não há nada mais, se quisermos sobreviver, e se quisermos criar uma base material em que as condições de vida e habitação dos operários e camponeses poderá melhorar depois. E, portanto, o esforço foi pedido, e em suas indústrias, os trabalhadores eram os mestres, este esforço tem sido feito de forma consciente e em uma enorme campanha de educação e treinamento.
Assim, os burgueses oportunistas, eles vão te dizer todo o dia que os trabalhadores têm sofrido, Stalin impôs condições impossíveis, etc. Essa não é a ditadura do proletariado, uma vez que os trabalhadores sofreram. Assim, contra todos os revolucionários, eles nesse caso estavam terrivelmente preocupados com o destino dos trabalhadores. Assim, os bolcheviques sabiam que não poderiam explorar as colônias, que não podiam contar com capital de outros países imperialistas: essas são as duas fontes de todo o desenvolvimento de qualquer país capitalista. Todo país em que aconteceu o estágio desenvolvido de país capitalista, então se fez exploração feroz das colônias e também costumam pedir dinheiro emprestado a uma outra potência imperialista. Então, essas possibilidades foram cortadas, por isso, se a União Soviética queria em um período muito curto de tempo fazer sua industrialização, era necessário que os trabalhadores e os camponeses fizessem sacrifícios, não havia mais ninguém. Eles fizeram, e sabiam o motivo. Mas a burguesia quer deitar falação sobre o destino triste da classe operária.
É interessante comparar agora com o que está acontecendo agora na União Soviética: entre 90, 94, os salários na União Soviética caíram em 60%. Para que os trabalhadores fizeram sacrifícios terríveis? E isso para não falar sobre as demissões, há cerca de 20 milhões, de acordo com estimativas. Assim, na União Soviética, os trabalhadores fizeram sacrifícios. Mas eram sacrifícios para criar seu estado independente e indústria. Os sacrifícios que a burguesia e o imperialismo impuseram aos trabalhadores soviéticos hoje resultaram na queda da produção de 50%. O país que era independente, agora tornou-se dependente do imperialismo norte-americano e do alemão, que foi quem comprou as melhores empresas nos melhores setores. Mas, em seguida, sendo que agora a burguesia, extraordinariamente, nada diz a respeito do destino dos trabalhadores, como o fez sob Stalin.
Sobre a industrialização, dois números devem ser lembrados para ter uma ideia do que estamos falando: em 1920, Lenin fez o plano de eletrificação do país, para que você saiba a fórmula de Lenin era: o socialismo é o poder soviético mais eletrificação, ou seja, os meios de produção modernos. Então ele fez um plano para eletrificar o país, um plano de 15 anos e outro de 35 (o plano é feito de 20) que espera ter uma capacidade de 1,75 milhões de quilowatts, de modo que esse era o plano. Assim, o plano foi feito por Stalin em 35 e alcançou 230% de sucesso, de modo que um plano que no Ocidente foi considerado uma impossível tarefa de alcançar, foi conseguido mais do que duas vezes, chegou a 230%. Outra figura que expressa o esforço extraordinário dos trabalhadores, mas também o extraordinário sucesso na esfera econômica do socialismo sob Stalin: a produção industrial cresceu, em média, por ano, entre 30-40, 16,5%. Portanto, era um feito, e era uma situação em que o imperialismo estava em crise, e onde a produção caiu na Alemanha com a crise de 29 e que só melhorou depois de 32, com a preparação para a guerra. E que, em relação à industrialização, foi voltada para a defesa na guerra.
A sexta questão que eu quero relembrar como mérito histórico: Stalin teve êxito em alcançar a coletivização e essa foi, provavelmente, a tarefa mais difícil. O campesinato da época precisa ser entendido em seu sentido, porque não há mais algo semelhante na Bélgica, por isso é difícil para nós imaginar como era a União Soviética em 1920-1925: era um país que, no que diz respeito aos requisitos técnicos e materiais, vivia como a Bélgica e França em 1500. Assim, as técnicas eram as técnicas utilizadas pelos nossos agricultores sob o domínio espanhol. O analfabetismo era geral, havia uma ideologia medieval nas aldeias foram queimadas ainda as bruxas, por isso existiam ainda as crenças mais irracionais. E é com essa massa de camponeses que tiveram que construir o socialismo.
A revolução socialista deu terra aos camponeses, cada agricultor recebeu uma parte igual das terras. Mas eles produziram e venderam, por isso era somente pequeno comércio, não tinha outra opção, então foi criada a Nova Economia Política. Mas, em seguida, se a gente fala em “livre comércio”, disse, quer dizer que há pessoas que se arruínam e outros que se tornarão mais ricas, há pessoas que têm um monte de pessoas doentes em casa e há outras que tem um monte de trabalho duro. Resumidamente, em 1927, havia novamente 7% de camponeses que não tinham nada, que são sem-terra, há 35% de camponeses pobres, isto é, os agricultores que não têm nem um cavalo, ou arado e, portanto, que mal sobrevivem e que devem alugar seu trabalho a agricultores ricos. Você tem 50, 51, 52% dos camponeses médios, ou seja, pessoas que estão fazendo tudo certo. E você tem novamente 7% dos agricultores ricos que podem empregar 2-3 trabalhadores, que têm cavalos que podem expandir suas terras. Breve exemplo de que você tem uma polarização espontânea, como é normal em uma economia onde há o livre mercado, uma polarização entre ricos e pobres, entre proletários e exploradores.
A União Soviética queria industrializar-se, preparava-se o primeiro plano de cinco anos. Mas se você quiser se industrializar, se você pretende trazer alguns milhões mais de trabalhadores para as cidades, eles devem ser alimentados, por isso tem que existir uma produtividade agrícola maior. Como podemos ter uma maior produtividade na agricultura? Deve-se de alguma forma introduzir máquinas, fertilizantes, meios tão modernos de produção. Quem ia resolver? A tendência espontânea foi que 7% dos camponeses ricos podiam comprar um trator, e ele já estava acontecendo, havia algumas centenas de camponeses que tinham riqueza o suficiente para comprar um trator.
Deve-se, então, lembrar dois números para ter uma ideia do que estamos falando: em 1920, Lenin fez o plano de eletrificação do país, então você sabe a fórmula de Lenin: o socialismo é o poder soviético mais eletrificação, ou seja, os meios de produção modernos. Então ele fez um plano para eletrificar o país, um plano de 20 anos, ou seja, até 1935, ele esperava ter uma capacidade de 1,75 milhões de quilowatts, de modo que estava planejando. Assim, o plano foi realizado por Stalin em 1935: e teve230% de sucesso, então um plano que o Ocidente pensava uma realização impossível de alcançar e foi alcançado mais do que duas vezes: 230%. Outra figura que expressa o esforço extraordinário dos trabalhadores, mas também as realizações extraordinárias no socialismo econômico sob Stalin: a produção industrial cresceu, em média, por ano, entre 1930-40, 16,5%. Portanto, é uma figura em outras partes do mundo já feito, e era uma situação em que o imperialismo estava em crise, e onde a produção caiu na Alemanha, a crise de 29, que durou até 1932 e que é lançada em preparação para a guerra. Isto diz respeito à industrialização, vamos voltar a falar sobre a guerra.
Então, houve uma segunda forma de introduzir modernização da agricultura foi para empurrar as pessoas, os camponeses pobres e médios, para unir, para se unir e fornecê-los com a tecnologia moderna, tratores etc. Esse foi o processo de coletivização eo estabelecimento de “kolkhoz”. O Partido tem impulsionado este processo, mas, portanto, há apenas 27, 4% dos agricultores que estão em “kolkhoz” e “sovkhoz”, de modo que este é um processo que começa lentamente, porque a consciência de camponeses não é muito desenvolvida. Mas por volta de 1929, a conta “kolkhoz” por cerca de 7% da produção, desde que os “kulaks”, os camponeses ricos, e, assim, começamos a ter a suficiente ordem de produção coletiva para entrar em combate para a remoção de domínios e da exploração capitalista “kulaks”. E do Partido decide ir por esse caminho, limitar em primeiro lugar, e depois de eliminar os camponeses ricos. Então, qual é a coletivização que começa para valer em 29.
Normalmente, em todo lugar, nós dizemos que a coletivização foi imposta pela força por Stalin, o ditador etc., e os agricultores [que] não queriam. A coletivização foi imposta por Stalin? No campo, o partido bolchevique tinha quase nenhuma força, por isso havia 350 mil membros do partido em uma população de 120 milhões de camponeses. A presença do Partido Comunista no campo era muito, muito pequena: havia três mil camponeses comunistas. Mas, no campo quase qualquer um que sabia ler e escrever poderia facilmente entrar no partido, porque [houve uma falta] de tudo, e, portanto, aquele que tinha ido à escola, ele poderia falar algumas palavras e marxistas ele veio, foi muito fácil! E então havia um monte de “kulaks”, ex-policiais, ex-funcionários do regime czarista que foram reconvertidos em bolcheviques. Assim, não só o Partido era pequeno do ponto de vista numérico, mas também do ponto de vista da formação da consciência.
Assim, o partido enviou dezenas de milhares e até centenas de milhares de trabalhadores, moradores, jovens Exército Vermelho que tinham uma formação comunista, a campanha para ajudar o movimento da coletivização. Então, eles que alimentou os agricultores, especialmente pobres e camponeses médios, de modo que o movimento kolkosiano realmente começa. E se a massa do campesinato não estava ciente diante dos olhos do Partido Bolchevique poderia ter alcançado a coletivização. O que eu quero dizer é que as massas de camponeses pobres e camponeses médios, viram muitas mudanças, de modo que sabia que eles estavam no processo de cair sob a ditadura da burguesia rural. Então, se eles queriam desenvolver, se queria ser livre, se eles queriam ser os líderes do país, tivemos de lutar e precisava se unir. E luta de classes no campo, na Rússia, que durou séculos e séculos, quando houve a cada insurreições tempo, de “levantes” do campesinato empurrado depois, essa tradição foi na cabeça das pessoas... Sempre lutamos, nós fomos abatidos. Então, desta vez, a luta secular era um novo ciclo, mas agora os camponeses pobres e médios, eles estavam ao seu lado do Exército, eles tinham a seu lado o Estado, tinham a seu lado o Partido. E este é, essencialmente, a força da massa que permitiu que os bolcheviques e socialismo para derrotar os kulaks, que ainda poderia dependem de todas as tradições retrógradas, reacionárias clerical-ortodoxos que viviam na zona rural.
Próximo ponto, uma vez que a mobilização foi ficando e sabia que os kulaks: “Eles vão fazer a coletivização” desencadeou uma guerra civil. Os kulaks, eles sabiam que essa era a luta final, e assim eles fizeram tudo para estragar completamente o sistema: eles conduziram a guerra, e uma primeira guerra de extermínio cavalos, bois e ovelhas. E tudo o que tinha quatro pernas. Então eles disseram: “A coletivização só pode ter êxito se os cavalos são usados coletivamente, a terra é trabalhada com cavalos e bois, cavalos e bois eram essencialmente nas mãos dos camponeses ricos e camponeses médios”. Rico disse aos meios: “Eles vão levar tudo, seus animais de estimação e suas mulheres.” E, assim, a ideologia reacionária é como que enraizada há um monte de camponeses médios que os seguiram. E por isso não era um monstro abate cavalos, bois e permanece: metade dos cavalos foram exterminados. Mas quero dizer, metade da força de trabalho para trabalhar a terra foi destruída. Mas, em seguida, eles queriam que tudo fosse destruído, porque aí bolcheviques cairiam, que era a intenção. Então, foi uma luta selvagem. E assim o Partido Bolchevique foi capaz de mobilizar as massas pobres e as massas médias em uma luta [s] aberta e às vezes feroz derrotar os kulaks: chama-se “deskulakização”.
Geralmente descreve-se os “horrores” que exterminaram os kulaks como o dos judeus exterminados: é propaganda que os nazistas começaram e, depois de sua derrota, a CIA e os EUA retomaram. Então, quando você vê o termo “deskulakização”, sabe-se que ela começou espontaneamente pelos agricultores, que atacaram os kulaks, e, portanto, o partido foi quem rapidamente trouxe ordem. E foram os kulaks que tinham tomado medidas contrarrevolucionárias abertamente e aqueles que poderia perder toda a sua terra e todos os seus bens e ser preso em campos: eram apenas 63 mil. A segunda categoria composta por 150 mil famílias em Sieme, latifundiários e camponeses ricos que estavam politicamente ativos, mas não abertamente contrarrevolucionários. E a grande massa dos kulaks, entre 400 mil e 800 mil, não perderam todas as suas terras ou seus ativos, e lhes foi dada a terra no distrito onde estavam, ou seja, eles não eram não deportados para regiões distantes.
Foi uma grande batalha, mas em dois ou três anos, a questão da terra e do problema agrário foi resolvido para o bem. E assim, devemos ver a história, para que possamos discutir os números: Conquest, que era um ex-agente do serviço secreto britânico e é agora o maior anticomunista especializado no mundo, é o mais grande acadêmico que também é [cidade] em todas as organizações burgueses, pequenos burgueses, trotskistas e outros. Você tem, por exemplo, que vem à mente. Em 89, na campanha anticomunista mais violenta, os trotskistas [da linha Mandel] fez um especial sobre a União Soviética, e o título era “o que tem para ser lido para entender a natureza do stalinismo”, eles citaram dois autores: Conquest e Soljetinistin. Em seguida, dois meses depois, o VlaamsBlok (partido fascista belga), em sua coluna (eles têm uma coluna mensal), fizeram um pequeno artigo, eles disseram que agora a natureza do comunismo é clara para qualquer pessoa no mundo, então, apontaram, coincidentemente, Conquest e Soljenítsyn. Então, ele disse que havia 3 milhões de mortes durante deskulakização; entretanto, os números oficiais das pessoas que foram expropriadas, que foram enviadas para a Sibéria, foram publicadas até a última linha, porque tudo era registrado. E assim podemos agora calcular, então não há um jornal francês que assuma as obras de historiadores soviéticos [sob Yeltsin], então podemos calcular que tem havido, durante todo o movimento, enquanto a agitação de dois, três anos entre 200 mil e 300 mil mortes uma máxima de conflito aberto e de fome, e as condições de higiene no país, que eram muito deploráveis.
Mas, em seguida, temos de ver como entra em alta o assunto dos sofrimentos da coletivização, por isso foi uma luta e decidiu o desfecho da questão agrária. Essa questão existiu durante séculos e que exigiu milhões de mortes. Muitos levantes tinham ocorrido anteriormente, sem resolver essa questão. Mas então, esta luta produziu todo um novo sistema de agricultura que permitiu à União Soviética se industrializar e até mesmo alimentar-se contra o fascismo durante a guerra. A União Soviética foi capaz de modernizar a sua agricultura em oito meses. Em 1929, então, isso foi para dizer quando coletivização começou na União Soviética existiam 18 mil tratores. Em 41, quando a guerra começa, há 685 mil. Por isso, realizou uma produção de 660 mil tratores, portanto, não há como negar que país que tenha se industrializado, modernizado sua agricultura e que alimentou as cidades e deram uma base para alimentar a população contra os fascistas.
A sétima realização de Stalin que eu quero destacar brevemente é a Revolução Cultural. Houve industrialização, a coletivização atrás, mas foi associada a uma revolução cultural. Eu disse que é um país de analfabetos, por isso, em dez anos, este país que saiu da Idade Média para entrar no mundo moderno e para produzir técnicos, intelectuais, técnicas, máquinas, armas. E eles foram capazes de enfrentar o poder mais avançado da Europa, a Alemanha de Hitler. Então, estar ciente de que, em 1929, na zona rural, não há estradas, não há estradas de ferro, não há de telefone. E assim os tempos modernos, em dez anos, estabeleceram-se ao longo do campo, foram os esforços gigantescos. Quase todo o campesinato foi alfabetizado, bibliotecas, pela primeira vez foram espalhados em qualquer campanha. Em bibliotecas havia, no início da gestão de Stalin, de 46 milhões de livros; no início da guerra, havia 527 milhões, por isso são quase produz 500 milhões de libras durante este período. Houve, no início do período Stalin, 110 mil estudantes universitários; quando a guerra começa, eles são 810 mil, de modo 110.000810.000, um aumento de sete vezes. Então aí estão alguns números para ilustrar o enorme esforço, mas é, sobretudo, no domínio das artes de educação e da cultura também.
E podemos dizer que é coletivização e revolução cultural este livro que eu citei no meu discurso introdutório (o livro de Alexander Zinoviev), em um livro que ele escreveu contra o comunismo, por isso explica tudo o que ele tem a dizer contra o comunismo. Em um ponto, ele fala de sua aldeia: estudante, ele retornou à sua aldeia, ele disse que: “Na minha volta para a aldeia, e também muito mais tarde, eu perguntei muitas vezes minha mãe e outros agricultores coletivos se teriam concordado em assumir as operações individuais contra o comunismo, se essa opção estava aberta para eles. Agora todo mundo espera uma coletivização.” Se eles iriam aceitar realizar única operação anticomunista, se a oportunidade lhes fosse oferecida. Todos me responderam com uma recusa categórica. E, além disso, ele disse: “A escola da aldeia tinha apenas sete aulas, mas serviu como uma porta de entrada para as escolas técnicas da região que formaram veterinários, agrônomos, mecânicos, tratoristas, contadores”. Antes disso, havia uma escola secundária. Todas essas instituições e estas profissões eram elementos de uma revolução cultural sem precedentes. A coletivização havia contribuído diretamente para essa reviravolta. A estrutura da população rural aproximou-se de que era a sociedade urbana. Tudo isso, dizendo: “eu testemunhei essa evolução desde a infância. Esta extremamente rápida transformação da sociedade rural para o novo sistema proporcionou um enorme apoio nas grandes massas da população”. Isso foi um anticomunista que disse em um livro que ele publicou na Alemanha no final dos anos 80.
O oitavo ponto que quero abordar, o oitavo mérito de Stalin na história é a organização de expurgos que criaram a condição para a vitória na guerra antifascista. A guerra com o fascismo estava no ar, todo mundo sabia que ela seria, desde o início, metade dos anos 30 Então Stalin tinha lido MeinKampf muito bem, então ele sabia que a Alemanha queria espaço vital (lebensrau) a leste, e que a guerra viria, era uma certeza. Em seguida, Stalin também sabia que ia ser uma luta pela vida e morte, que seria a mais terrível guerra que a humanidade já viu. E como a tensão aumentando, que esta guerra se aproximava, para que pudéssemos ver todas as forças que eram contra a coligação contra os nazistas. E é isso o que vimos acontecer na União Soviética, na sociedade e no partido: os oportunistas, contrarrevolucionários que se infiltraram, todos os elementos degenerados se uniram contra a liderança bolchevique. E assim é neste contexto que os expurgos de 37-38 foram concluídos e que conseguiram eliminar a União Soviética a quinta coluna, isto é, as forças em que a futura ocupação nazista confiaria.
Para entender o assunto, é preciso ter em mente certas coisas, certos conceitos-chave. Então, primeiro é preciso lembrar que a União Soviética era um país feudal, quando ela entrou para a revolução socialista, mas, em seguida, as forças do czarismo ainda são muito influentes, a religião ortodoxa ainda é influente, a burguesia que foi derrotada ainda está lá, os socialdemocratas que apoiaram a burguesia na guerra civil está lá, os kulaks que estavam com as terras ainda estão lá, e, portanto, essas forças fazem uma pressão política e ideológica sobre as estruturas do estado e do partido. Foi de qualquer maneira uma pressão. Então, o que vimos acontecer no Partido? Vou listar brevemente quatro fenômenos. Em primeiro lugar, a influência da socialdemocracia no Partido Bolchevique sempre foi importante. Você deve saber que entre 1903 e 1912 bolchevique e menchevique coexistiram mais ou menos no ambiente, embora existissem cisões. E, portanto, a influência das ideias reformistas mencheviques também introduzidas no Partido Bolchevique. Na época da Revolução de Outubro, há dois [dos líderes] dos mais proeminentes do partido bolchevique, Zinoviev e Kamenev, é que traem e dizem para a imprensa burguesa e menchevique que Lênin e outros tolos querem insurreição em 27 de outubro. Então eles eram tão opostos à revolução que eles acharam útil a dizer na imprensa que o tolo bolchevique pensava que tomaria o poder.
Assim, as influências sociais democráticas existiam no partido desde então.
Outro exemplo: há um cara chamado George Salomon, ele foi Vice Ministro do Comércio da indústria em 17; por isso era um bolchevique desde 1903, ele é chamado de um “velho bolchevique”. Agora, entre 17 e 18, ele que declara que Lenin exagerava e que a sua ideia de socialismo em um país agrícola atrasada é “não-marxista”, que é “aventureirismo” querer eliminar a burguesia. E assim, ele disse: “A burguesia tem ainda um papel progressista para jogar.” E assim é com esta ideia que está há muito tempo no partido e é Vice-Ministro. Em 23, ele passou do lado do Ocidente na Bélgica, ele estava aqui em uma missão e ele passou para o outro lado. E aqui ele publicou um livro, que ele escreveu pouco depois de sua deserção, que é publicado pelo Centro Internacional para a luta ativa contra o comunismo. Portanto, você tem longa e grande explicação que a União Soviética agora vive na escravidão e terror, e rios de sangue humano fluindo a cada semana. Então você tem a imagem do stalinismo, mas ainda está sob Lenin. Foi um “velho bolchevique”. E assim você pode ler seu livro, é muito interessante: lá você ver as influências da ideologia social-democrata, mesmo entre os líderes do partido bolchevique, e você vê um cara que já em 23 confraternizando com a pior reação.
O segundo ponto que gostaria de enfatizar é que havia elementos degenerados que se tornaram revolucionários contra o Partido. E aqui refiro-me a Trotsky, que é a figura mais proeminente nessa tendência. Eu já disse que ele nunca foi bolchevique até 1917. Em 17 entrou no Partido e na verdade ele mantém toda a sua ideologia antileninista que se desenvolveu desde 19021903 e ele logo começou uma polêmica ao dizer que na verdade foi ele que viu mais claramente a perspectiva da revolução; e então ele tentou substituir o leninismo pelo trotskismo. Ele quase não tem apoio no partido, por isso houve um debate que durou cinco anos, depois de cinco anos tem havido alguma porcentagem nos votos. E uma vez que ele foi expulso do Partido, sua degeneração foi muito rápida. Direi apenas alguns pontos-chave que deve absolutamente saber para julgar o caráter.
Por isso, já começou em 1934, por isso é muito cedo. Por 34 ele era uma tese que é extremamente interessante para ponderar. Então ele diz: “A vitória de Hitler foi causada pela política criminal da Internacional Comunista. Sem Stalin não teria havido nenhuma vitória de Hitler. Então, o comunismo e Stalin é que são responsáveis pela chegada ao poder de Hitler”. Então vem a conclusão: “Devemos derrubar Hitler.” Você pensa, então, nos trotskistas se unindo para fazer uma frente ampla com a social-democracia. É isso o que você espera. “Para derrubar Hitler, devemos colocar como objetivo o fim da Internacional Comunista”. Então você tem que destruir a Internacional Comunista para ser capaz de terminar com Hitler. Dois anos mais tarde, você tem algo semelhante. Ele abordou a guerra em 36, então todo mundo estava falando sobre a próxima guerra: “A burocracia stalinista se assusta com a perspectiva de guerra porque ela sabe melhor do que nós, não vai sobreviver à guerra contra o regime”. “Então, em uma guerra com os nazistas, de qualquer maneira, Stalin e sua camarilha, o Partido Bolchevique entendeu que a camarilha stalinista vai cair, e eles sabem disso”. A citação continua: “Em Berlim, os nazistas sabem, então, o grau de desmoralização à qual a camarilha de Stalin levou o Exército e a população. Stalin continuava a minar a força moral e a força do país. Seus carreiristas sem honra nem consciência irão trair o país em tempos difíceis.” Por isso, faz propaganda para dizer que as pessoas estão desmoralizadas. Stalin solapa a força moral, que põe em causa a resistência. Stalin e seu grupo vão trair desde o início. Então quando você tem diante de uma guerra com os fascistas, isso deve ser propaganda suficiente para que os nazistas invadam, é como dizer, invadam: “de qualquer jeito, eles vão trair, eles vão errar desde os primeiros momentos, essas pessoas”.
Então, nós continuamos. Quais são as suas conclusões? Existem duas. Então você tem que destruir a camarilha de Stalin, há dois métodos: um, você pode matá-lo com um tiro na cabeça, dois, você pode organizar um levante em massa para derrubar o Partido Bolchevique. Em primeiro lugar, a bala na cabeça. Estamos agora 38. “Stalin destruiu o exército e pisoteia a terra, o ódio constrói-se em torno dele, implacável, e terríveis trava vingança abaixo a cabeça. Um ataque é possível se a origem: quem exterminou os melhores cérebros do país, finalmente chamou contra si o terror individual. Pode-se acrescentar que seria contrário à lei da história que os gangsters stalinistas no poder não levantassem vingança contra eles terroristas desesperados”. Então Trotsky tomou parte em uma conspiração, ele deveria trabalhar de forma conspiratória com os piores sovietes. Então quer dizer que um ataque contra Stalin e na lógica da história é possível dizer que ele chamou contra si o terror individual. Seria mesmo contrário à lei da história, se não existissem pessoas a se levantar e disparar uma bala na cabeça de Stalin. Então ele está é chamando para fazer propaganda para ataques individuais.
Depois, Trotsky faz propaganda para insurreições para derrubar o poder bolchevique e do Partido estalinista. Ele diz textualmente: “Só um levante do proletariado soviético contra a tirania infame de novos parasitas pode salvar o que ainda resta das conquistas de Outubro”. Chamo a atenção para as palavras “a tirania infame de novos parasitas”. Então, eu não sei se Trotsky lia com prazer a imprensa fascista, mas, em seguida, quando você tem a linguagem de fascistas contra o comunismo, uma linguagem de direita, “a tirania infame de novos parasitas.” E aqui nós, literalmente, dissemos que para salvar o país e salvar o que ainda pode salvar a revolução socialista, devemos primeiro fazer uma insurreição proletária para derrubar Stalin e o Partido. E a mesma coisa se repete em um outro lugar, ele diz: “A Quarta Internacional irá conduzir as massas soviéticas no sentido de insurreição. Os trabalhadores, camponeses, soldados do Exército e marinheiros da Frota Vermelha se levantarão contra a nova casta de opressores e parasitas”. Então, ele chamou o exército, os operários e os camponeses a se levantar. Portanto, ele está fazendo política e agindo como provocador para os nazistas.
O terceiro fator que eu quero dizer é que no partido. Então, há tendências social-democratas, há elementos degenerados contrarrevolucionários; três, há inimigos, inimigos que se esgueirou para dentro do Partido conscientemente. Aqui você tem. Não vou me alongar, mas você tem Boris Bazhanov. Ele tinha 19 anos, nasceu em 1900, quando estourou a revolução. Ele escreveu em 1930 para ele percebeu que não havia meios para lutar contra o bolchevismo abertamente e que a única maneira de combater isso era para se infiltrar e destruir a partir do interior. Em quatro anos, o jovem Boris chegou ao Bureau Político do Partido Bolchevique. Ele não era membro, mas ele era o secretário de Stalin. Stalin como secretário e ele tomou notas do Bureau Político. Ele diz algo sobre o situação parte do tempo, mas você tem um anticomunista que diz anticomunista, que diz que ele vai para destruí-la, isto é, em quatro anos, o Politburo.
Outro exemplo no livro que John Scott, um americano que trabalhou em Magnitogorsk, escreveu, ele descreve uma cena em que conheceu um diretor de uma fábrica, em Magnitogorsk, ele descobre o passado, porque há um outro ex-camponês que vem da Ucrânia, um cara chamado Shevchenko, que disse: “Mas esta eu sei, durante a Guerra Civil, ele era um guarda branco”. Por isso, foi um ex-kulak, um ex-policial que tinha lutado com armas na mão contra os bolcheviques que também tinha convertido em um bolchevique, ele era muito dinâmico”. Fingindo-se converter de volta em bolcheviques revolucionários tinham um claro objetivo: eles deixaram a campanha e entraram nas fábricas, locais de construção, ou seja, eles tornaram-se trabalhadores, e após dois anos foram artífices. E o trabalhador foi visto, e trabalhador culto, trabalhador dinâmico, ele entrou na Universidade, para que os gerentes trabalhadores capazes foram enviados para um colégio especial para se tornar diretores da empresa, então ele tornou-se diretor de empresas socialistas. Ele entrou para o partido, é claro.
Um terceiro exemplo é a organização de Tokayev. Tokayev era um coronel do Exército Vermelho, ele escreveu um livro quando se mudou para o Ocidente em 48. Aos 22 anos ele era um membro de uma organização clandestina anticomunista operando no Partido e do Exército Vermelho. Portanto, para aqueles que dizem que, mesmo quando Stalin exagerou, e era loucura o que ele fez, este livro deve ser lido. Por isso, é anticomunista, mudou-se para o Ocidente e explica sua luta. Ele fala sobre algumas dezenas, dezenas de oficiais superiores do Exército Vermelho, cujo número dois departamentos políticos, Osepyan, General Osepyan, que estava na cabeça de sua organização. E então ele disse como os oficiais, os generais, coronéis coletar, organizar manobras, terrenos, planejamento de ataques terroristas, preparar insurreições, que é o trabalho deles. Durante os expurgos, quase toda a sua organização vai ser pego e tiro. Eles serão fotografados com os militares em torno de Tukhachevsky.
Stalin também teve um papel fundamental para estimular novas revoluções socialistas: ele deu grande impulso para a revolução na Tchecoslováquia, ajudou decisivamente Mao Tsé-tung na China, na Coreia, no Vietnã. Levou adiante uma luta anti-imperialista contra o imperialismo norte-americano. Os norte-americanos continuavam o trabalho dos nazistas, explicou ele. Muitos fascistas croatas e ucranianos foram reaproveitados pelos norte-americanos. Reinhard Gelen era um agente secreto que dirigiu atividades alemãs na URSS e fugiu para o lado deles e levado a Washington. Gelen, que deveria ser entregue e fuzilado, voltou à Alemanha e trabalhou para os norte-americanos. Então, quando os americanos falam que desnazificaram a Alemanha, é uma piada. O número 1 dos serviços de espionagem fascistas na União Soviética, por isso foi ele que liderou todas as campanhas na União Soviética, General Gehlen, se juntou à equipe de inteligência dos Estados Unidos durante a guerra, em 44. Este foi o primeiro que foi julgado na União Soviética e era para ser entregue aos soviéticos e seria enforcado imediatamente. Ele foi para o lado dos americanos, e os americanos o levaram imediatamente para Washington, onde ele fez um acordo com Allen Dulles, o chefe do serviço secreto que vai liderar a CIA. Ele voltou à Alemanha para trabalhar para os americanos. Mas há dezenas e dezenas de chefes de fascistas que fizeram isso. Para citar alguns: o vice de Eichmann, que foi o exterminador dos judeus, Alois Brunner, chamado assim de acordo com as estatísticas, ele é pessoalmente responsável pelo extermínio de 130 mil judeus bem, torna-se um agente da CIA no Oriente Médio no início dos anos 50. Klaus Barbie, um dos assassinos mais procurados em França, ele fugiu e passou a agir a serviço para a CIA em 52, ele passou toda a sua carreira ao serviço da CIA até que ele foi preso e ocorreu seu julgamento. E não foi levado a público que ele trabalhou para CIA.
A lista é infinita, há muitos nazistas que foram reaproveitados e treinados para a luta anticomunista após a guerra. Há os lutadores do terceiro Mundo que lutam hoje contra um imperialismo tão feroz quanto o nazismo. O imperialismo norte-americano tem que ser combatido. Para combater esse imperialismo, há uma só saída: Stalin.
Conferência de Ludo Martens, no Partido do Trabalho da Bélgica, em 21 de março de 1995
Tradução de Lúcio Jr. Para a Comunidade Stalin