"Revisionismo iugoslavo: produto da política imperialista"
A luta dos partidos marxista-leninistas de todos os países contra o revisionismo do grupo líder Iuguslavo dirigido por Tito é um grande evento nas relações internacionais atuais. O grupo de Tito provocou isso. O programa no qual colocaram adiante desencadeou um ataque por toda a linha contra o marxismo-leninismo e o campo socialista dirigido pela União Soviética, na crença de que desta forma poderia enfraquecer as posições do marxismo-leninismo e causar uma divisão no movimento comunista internacional. Os marxista-leninistas não tiveram escolha senão aceitar o desafio e já começaram à demonstrar que os desafiantes estão batendo suas cabeças contra uma parede. Ao contrário das expectativas do grupo de Tito, os Partidos Comunistas de todos os países mostraram grande solidariedade nessa luta. É imperativo que nós examinamos este problema no contexto político e econômico internacional geral e deste modo expor a própria essência do revisionismo do grupo de Tito. O revisionismo do grupo de Tito não é de forma alguma acidental; é um produto da luta de classe internacional contemporânea, um produto da política dos imperialistas contemporâneos, em particular os imperialistas dos EUA, o mais feroz inimigo do povo por todo o mundo. O revisionismo do período da Segunda Internacional, representado por Bernstein, também refletiu na política da burguesia - os imperialistas. Mas o revisionismo morderno ou neo-revisionismo representado por Tito difere do revisionismo de Bernstein em sua função. O revisionismo de Bernstein apareceu no final do século 19, quando o imperialismo ainda era um sistema completo segurando o balanço do mundo, quando ainda não havia um estado sob a ditadura proletária. Mas em que era estamos vivendo hoje? A grande era das revoluções proletárias bem sucedidas no meio de uma população de 900 milhões e de um socialismo estabelecido como um novo sistema mundial, a era no qual o sistema colonial já se desintegrou ou está no processo de desintegração, e o sistema imperialista está cambaleando; é uma grande era, como o Camarada Mao Tsé-tung coloca, "o vento do leste prevalecendo sobre o vento do oeste." Nessa nova era, a luta entre os sistemas socialistas e capitalistas, entre o proletariado e a burguesia em todas as terras, se tornou uma luta feroz, de vida-e-morte. Isso é o que inevitavelmente estampa o revisionismo moderno, que é, o neo-revisionismo, e o dá novas características. Marx e Engels em seu tempo apontaram repetidamente que a burguesia britânica usou uma pequena parte de seus superlucros para manter um grupo de aristocratas do trabalho. Em uma carta ao Marx, Engels uma vez referiu "aqueles piores dos sindicatos Ingleses que se permitiram ser liderados por homens vendidos ou, pelo menos pagos pela classe média." É bem sabido que Lenin - no curso da implacável batalha que ele travou contra o revisionismo, oportunismo, reformismo, chauvinismo social e o social imperialismo - em tempos referiu á esta visão de Marx e Engels e adicionou nova evidência para fundamentar isso. Lenin disse: "Objetivamente os oportunistas são uma seção da pequena burguesia e de uma certa camada da classe trabalhadora que foi subornada pelos superlucros imperialistas e se converteram em cães de guarda do capitalismo e corruptores do movimento trabalhista." Como essa situação se encontra hoje? Desde que a classe trabalhadora expropriou o poder estatal em vários países, os imperialistas perceberam que não é suficiente comprar os traidores da classe trabalhadora dentro de seus próprios países. Além de continuar com a política de suborno em seus próprios países, os imperialistas, com os imperialistas estadunidenses na liderança, estão ao mesmo tempo fazendo o seu melhor para encontrar elementos nacionalistas burgueses em alguns países socialista e pessoas instáveis e os comprar e fazer deles ferramentas para minar a ditadura proletária, o sistema socialista, o movimento internacional comunista e a unidade dos países socialistas. Sendo este o caso os imperialistas estadunidenses pegaram o grupo dirigente da Iugoslávia, e realizou uma política de comprá-los por um preço alto. De acordo com as figuras publicadas nos jornais e periódicos dos Estados Unidos e da Iugoslávia, entre 1945 e 1957 os Estados Unidos estendeu $1,700 milhão em auxílio econômico para o grupo dirigente da Iugoslávia. no qual $1,000 milhão foi dado depois de 1949. Além do mais, de acordo com os relatórios da Associated Press, os Estados Unidos deu à Iugoslávia mais de $1,000 milhão em auxílio militar de 1950 até 1957. Isso é a parte da estimativa de $300.000.000 de auxílio econômico recebido pela Iugoslávia de outros países capitalistas. Então contudo, o auxílio dado para o grupo dirigente da Iugoslávia por todo o mundo capitalista dirigido pelos Estados Unidos amontoou cerca de $300 milhão. Neste relatório para o Sétimo Congresso da Liga dos Comunistas da Iugoslávia, Tito divulgou que o auxílio dos EUA compôs 4% da renda nacional da Iugoslávia. O que pode ser estimado desta figura é que o auxílio dos EUA conta como uma proporção muito grande do orçamento nacional da Iugoslávia, provavelmente amontoando cerca de 20%. O fato claro é que o grupo dirigente Iugoslavo dirigido por Tito não apenas vive de seu próprio povo mas também de uma grande parte do auxílio dos EUA. Ao mesmo tempo, o tão chamado "modo Americano de vida" no qual os imperialistas estadunidenses se gabam de forma tão vocal também foi importado para dentro da sociedade Iugoslava por meios de auxílio dos EUA, com o propósito de corromper o povo Iugoslavo. Um relatório publicado no The Washington Post e Times Herald do dia 6 de Junho de 1957 diz, "Plano de prestação comprando aparelhos elétricos estilo Americano está mudando os Iugoslavos de Comunistas para capitalistas, diz o comitê do Partido Republicano de Pittsburgh. O Congressista James F. Fulton, até agora um amargo inimigo da política dos Estados Unidos para com o Marechal Tito da Iugoslávia, acabou de retornar da Terra de Tito... E ele diz: "A parada de Primeiro de Maio tinha um visual bem Americano, tanques Americanos, equipamento Americano. Há uma tremenda influência americana... entre as pessoas, Americanos são os mais populares de todas as nacionalidades." No dia 2 de Maio, 1958, o correspondente de Reuter enviou um longo relatório de Belgrado no qual ele disse que a prensa Iugoslava dez anos atrás era "tão maçante e doutrinadora quanto o Pravda." Porém "nos dias de hoje, frequentemente tenta ser tão competitiva quanto os tablóides Americanos." "As sobrancelhas de Marxistas frequentemente são franzidas pelas fotografias de 'cheesecakes' e características do ângulo Americano que regularmente aparece nos jornais Iugoslavos." "O leitor Iugoslavo é oferecido uma divulgação liberal de 'histórias humanas', incluindo detalhes francos e frequentemente sangrentos de crimes e desastres." Tudo isso mostra que alguns dos principais jornais Iugoslavos se tornaram em instrumentos de publicidade para o "modo Americano de vida." O ser social do ser humano determina sua consciência. É precisamente a importação de grandes quantidades de auxílio dos EUA e do "modo Americano de vida" que foi forjado uma mudança na consciência do grupo dirigente da Iugoslávia, causou o crescimento da ideologia revisionista em seu meio, e determinou suas políticas internas e externas que são direcionadas contra a União Soviética, contra o comunismo, contra o campo socialista e contra o socialismo em seu próprio país. Quais são os principais pontos no revisionismo e nas políticas domésticas e estrangeiras do grupo dirigente na Iugoslávia dirigida por Tito, como expresso no programa da Liga dos Comunistas da Iugoslávia?
1. Em relação á luta política geral no mundo, o grupo de Tito coloca em frente visões que são diametralmente opostas da reunião dos Partidos Comunistas e Trabalhistas dos países socialistas na Declaração de Moscou. Nega que a característica fundamental da situação mundial atual é a contraposição de dois sistemas mundiais sociais, políticos e econômicos diferentes e de dois campos crescendo destes dois sistemas diferentes. Rejeita o ponto feito na Declaração de "em nossa época o desenvolvimento mundial é determinado pelo curso e resultados da competição entre dois sistemas sociais diametralmente opostas." Confunde completamente as diferenças entre os dois sistemas sociais fundamentalmente diferentes - socialismo e capitalismo - e descreve estes dois sistemas fundamentalmente diferentes, o campo socialista e o campo imperialista, como "a divisão de mundo entre blocos militares-políticos antagonistas," e afirma que "a divisão de mundo entre blocos militares-políticos antagonistas também levou á divisão econômica do mundo... e portanto obstrui o processo de integração do mundo e impede o progresso social da humanidade." De acordo com o sofisma do grupo de Tito, o mundo, ou a economia mundial, foi originalmente unida sobre o sistema capitalista - imperialista; como se países capitalistas nunca se dividiram em blocos competindo pela supremacia mundial, crescendo dos interesses do capital monopolista e seu caminho para os superlucros; como se o capital monopolista nunca tivesse entrado em guerras globais de vida ou morte pela redivisão do mundo. O grupo de Tito não crê de forma alguma que a saída para a humanidade está na substituição do sistema capitalista pelo sistema socialista. Sua proposta é para as Nações Unidas, que é dominada pelo imperialismo dos EUA, para "encorajar e promover cooperação compreensiva e conexões mais próximas entre povos, em suma, para auxiliar esforços em direção à conquista de uma grande unidade do mundo." Que tipo de "unidade" é a tão chamada "unidade do mundo" que é para ser promovida através das Nações Unidas dominada pelos EUA? Esta não é a unidade na qual o grupo de Tito anseia por uma unidade na qual o imperialismo dos EUA procura dominar o mundo? 2. O grupo de Tito declara que não pertence ao campo socialista. Se gaba sobre uma tão falada posição de "estar acima de blocos." O que isso tudo significa, afinal? Os fatos já se mostraram: primeiro que o propósito em estar fora do campo socialista liderado pela União Soviética e fora das posições do proletariado internacional não é nada menos que a substituição do internacionalismo proletário revolucionário pelo nacionalismo burguês reacionário; e segundo, que sua tão falada posição de "estar acima de blocos" não é nada além de uma adaptação dos requerimentos do bloco imperialista. 3. Sobre a questão da guerra e paz, os Marxistas sempre tomaram a posição de que a causa raiz das guerras modernas é o capitalismo monopolista, isto é, imperialismo, e que os países socialistas e os Partidos Comunistas de todos os países são o núcleo das forças defensoras da paz mundial. Mas o grupo de Tito direciona a ponta da lança em seu ataque contra o campo socialista liderado pela União Soviética e age como um apologista pela política de guerra do campo imperialista. O próprio Tito declarou: "Devido á política externa inflexível e desnecessária de Stalin, vendo que eles seriam incapazes de atingir seus objetivos por meios diplomáticos, as grandes potências Ocidentais decidiram que eles seriam capazes de fazê-lo pela demonstração de força. Essa foi a razão básica para a formação do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), para a criação de um bloco militar..." (relatório de Tito ao Sétimo Congresso da Liga dos Comunistas da Iugoslávia.) Aparentemente o grupo de Tito está tentando ir para uma conclusão tão absurda e ultra reacionária que é: o perigo de guerra cresce não do sistema imperialista e do campo imperialista liderado pelos Estados Unidos mas do sistema socialista e do campo socialista liderado pela União Soviética.
4. Como foi cientificamente analisado por Lênin, o imperialismo é a última fase do capitalismo e, com isso, a humanidade entrou na era da revolução proletária. Desde a Revolução de Outubro, a revolução proletária tem triunfado em vários países. Mas o imperialismo ainda não foi finalmente derrotado. Ainda de acordo com o grupo de Tito, o mundo hoje já passou além da era do imperialismo e da revolução proletária, porque "o sistema capitalista em sua forma clássica está cada vez mais se tornando algo do passado" e o socialismo está se realizando nos países capitalistas. O grupo de Tito continua usando a palavra "era" da seguinte maneira: "A humanidade está se movendo de maneira indominável para a era do socialismo através de uma grande variedade de caminhos diferentes, até a era na qual o socialismo e as relações socialistas se torne cada vez mais o método e conteúdo da vida diária de toda a humanidade": "a era na qual a humanidade está vivendo hoje já é, mais do que qualquer coisa, a era da introdução, formação e fortalecimento de novas formas sociais, políticas e culturais baseadas em relações econômicas socialistas." Disto vem a conclusão de que o "pensamento socialista não está mais principalmente preocupado com as questões relacionadas á derrubada do velho sistema capitalista." Em outras palavras, o problema de destruir o sistema capitalista em vários países do mundo não existe mais, a teoria da revolução proletária está "antiquada", e isso se tornou nada mais que uma invenção dos tão falados "dogmáticos."
5. De acordo com Lênin, o capitalismo monopolista "introduz em todos os lugares a necessidade pela dominação, não pela liberdade. O resultado é a reação por toda a linha, seja qual for o sistema político, e uma extrema intensificação dos antagonismos já existentes também neste domínio." Mas de acordo com o grupo de Tito, o capital monopolista está crescendo para o socialismo de forma pacífica nos países capitalistas através das formas do capitalismo de estado, e o capitalismo de estado nestes países são de fato "socialismo." Nos países capitalistas, se diz, "o estado controla cada vez mais as atividades do capital, parcialmente restringindo o direito à administração privada da propriedade capitalista e privando os possuidores de capital privado de certas funções independentes na economia e na sociedade." "Em certos campos da atividade os principais círculos do monopólio estão constantemente perdendo seus antigos papéis completamente independentes, enquanto algumas funções dos monopólios tem constantemente sido transferidos para o estado." "O estado assume um papel importante na economia." "O papel do estado é de um regulador na esfera do trabalho e das relações de propriedade, de direitos e serviços sociais e de outras relações sociais também cresce." Então corre o argumento extraordinário do grupo de Tito: o aparelho estatal do capital monopolista não serve ao capital monopolista; ele fica acima das classes e está cumprindo a tarefa de expropriar o capital monopolista.
6. Portanto, o grupo de Tito mantém a ideia de que a classe trabalhadora nos países capitalistas podem "fazer o aparelho estatal servir á sociedade" sem ter de esmagar o aparelho estatal burguês. A tarefa da classe trabalhadora nos países capitalistas é portanto confinado a "ganhar influências decisivas no poder estatal e gradualmente - mantendo em sua força política - assegurando o desenvolvimento do socialismo." 7. Já que o grupo de Tito glorifica a ditadura burguesa de todas as formas, não é novidade que se exercem á barrar a ditadura proletária. Falando como todos os reacionários, alegam que a ditadura proletária deve ir inevitavelmente a uma "burocracia" e "estatismo burocrático." 8. Os Marxistas mantém a posição que há duas formas de propriedade socialista, isto é, propriedade de todo o povo e propriedade coletiva, e essa propriedade de todo o povo é a forma mais alta de propriedade socialista. Mas o grupo de Tito descreve que a propriedade de todo o povo, isto é a propriedade estatal, nos países socialistas como "capitalismo de estado" e "o último eco das velhas relações sociais." A economia socialista, dizem, compreende apenas dois tipos de propriedade - "propriedade coletiva" e "propriedade pessoal". Por "propriedade coletiva" entende-se permitir que os produtores diretos "façam decisões pertencentes à criação e distribuição total de produtos." O grupo alega ainda que "propriedade privada de terras" é "uma parte componente da produção socialista agrícola em larga escala," e que pequenos proprietários também representam "uma parte componente das forças socioeconômicas do socialismo." Em suma, o grupo de Tito descreve o capitalismo de estado nos países capitalistas como "socialismo", e a propriedade por todo o povo nós países socialistas como "capitalismo de estado." É á favor do primeiro mas contra o último. "Socialismo" na marca de Tito coloca o coletivo acima de todo o povo, e o individual, por sua vez, acima do coletivo. Seu slogan é "socialismo não pode subordinar a felicidade pessoal dos homens por nenhum tipo de 'objetivos maiores.'" Sua lógica é que os interesses individuais podem estar acima dos interesses coletivos e dos interesses de todo o povo mas não deveria ser subordinado a eles, e isso, certamente, quer dizer que interesses coletivos podem estar acima aos interesses de todo o povo e não pode estar subordinado aos mesmos.
9. O "socialismo" de Tito é tão estranho que uma coisa em todas as intenções e finalidades se trata do "socialismo" da burguesia, o tipo de "socialismo" que é tolerável aos imperialistas. É fundamentalmente diferente do socialismo como definido pelo Marxismo-Leninismo e praticado em todos os países socialistas. Não admira o fato do grupo de Tito repudiar categoricamente as leis comuns da revolução socialista e da construção socialista, se coloca contra a ideologia comum e a ação concertada do proletariado internacional e o movimento comunista internacional, e maliciosamente difama essa ideologia comum e ação concertada como "monopólio ideológico" e "hegemonia política."
10. Procedendo das visões mencionadas acima, o grupo de Tito é hostil á todos os Partidos Comunistas. Eles declaram: "A concepção de que os Partidos Comunistas tem um monopólio sobre cada aspecto do movimento da sociedade em direção ao socialismo e que o socialismo só pode encontrar seus representadores nele e mover adiante através deles - é teoricamente e praticamente errado, muito danoso." Também afirmam: "Alguns dos Partidos Comunistas deixam de agir como o fator criativo revolucionário e poder motivador do desenvolvimento social em seus países respectivos." O grupo de Tito tem um grande desdém pelo Partido Comunista dos Estados Unidos. Mas a história irá provar no fim que apesar do Partido Comunista dos EUA, que adere à verdade, é agora pequeno, é uma força viva realmente crucial e tem um grande futuro; em contrapartida, embora o grupo de Tito que atualmente governa a Iugoslávia, quem pode garantir que não irão tropeçar em seu próprio revisionismo? 11. O grupo de Tito tem a visão que "o desenvolvimento do movimento dos trabalhadores internacional durante as últimas décadas não avançou junto com os eventos sociais e o desenvolvimento das condições materiais"; e que "durante os últimos anos do período de Stalin, o movimento dos trabalhadores do mundo não apenas estagnou mas até retrocedeu." O grupo de Tito aparenta estar cego ao triunfo da Grande Revolução Socialista de Outubro, o sucesso da construção do socialismo na União Soviética, as grandes vitórias obtidas na guerra contra o fascismo na qual a União Soviética teve um papel dirigente, a existência de novos países socialistas, o crescimento dos movimentos de trabalhadores nos países capitalistas, a grande Revolução Chinesa e a República Popular da China. 12. O grupo de Tito tem a opinião que "o pensamento Marxista no curso das últimas décadas não se manteve junto com o avanço da sociedade contemporânea." Como o editorial do Renmin Ribao (Diário Popular) do dia 5 de Maio de 1958 apontou, o grupo de Tito marca os princípios básicos da teoria revolucionária Marxista-leninista como "dogmatismo," e se proclamam como "inimigos irreconciliáveis do dogmatismo"; sendo assim, como possivelmente podem entender se o Marxismo se desenvolveu ou não? Já que não veem os grandiosos eventos mundiais que surgiram sobre a liderança dos Partidos Comunistas desde a Revolução de Outubro, e tais tolices reacionárias sobre "humanidade," "personalidade do homem," "personalidade livre," "verdade sobre o homem como ser social," e "constituição espiritual do homem" no pretexto de se opor ao tão chamado "dogmatismo" e "revisão pragmática," como este grupo possivelmente pode ter uma linguagem em comum com o marxismo-leninismo? Estes doze pontos não esgotam as visões revisionistas das políticas domésticas e estrangeiras do grupo de Tito. Mas estes pontos satisfazem ao mostrar como o revisionismo do grupo de Tito serve aos interesses dos imperialistas, particularmente dos imperialistas dos EUA. Neste relatório do Sétimo Congresso da Liga dos Comunistas da Iugoslávia, Tito chamou Djilas de revisionista. "Pelas ordens de fora e pelas pratas de Judas," Tito diz, "estes traidores escreveram panfletos caluniosos contra o socialismo e a realidade na Iugoslávia." Entretanto, como foi corretamente colocado por um artigo no Tagesspiegel do dia 22 de Abril de 1958 na Alemanha Ocidental: "Aqui é escárnio severo. Para as ideias básicas deste programa onde foi esboçado por ninguém menos que o próprio Djilas que está hoje atrás das grades." É claro, há uma diferença entre Djilas e o grupo de Tito. A diferença é que enquanto Djilas não se importa de vestir o manto do marxismo-leninismo,o grupo de Tito ainda usa o marxismo-leninismo como um disfarce. Mas será que Tito já percebeu que o conteúdo do programa da Liga dos Comunistas da Iugoslávia é na realidade outra edição do Nova Classe de Djilas? Tito pode muito bem segurar Djilas como um espelho e ver seu próprio reflexo. Após a guerra contra o fascismo, o povo da Iugoslávia embarcou em uma estrada para o socialismo. Mas debaixo da influência dominante das políticas do grupo de Tito, a Iugoslávia ainda não realizou uma luta séria e completa entre as estradas capitalistas e socialistas nas frentes econômicas, políticas e ideológicas, e não resolveu a questão de qual estrada deve vencer no país. Nas vilas da Iugoslávia, a economia individual ainda conta com mais de 90% da economia rural, e isso preserva a semente para o retorno do capitalismo. A questão na Iugoslávia não é somente da propriedade. Para o povo da Iugoslávia, a questão mais séria é que a política do dólar do imperialismo dos EUA está exercendo influência no grupo dirigente da Iugoslávia e assim causando confusão entre o povo Iugoslavo como também na estrada para o socialismo. Como pode ser visto do material citado acima, a política do dólar do imperialismo dos EUA para a Iugoslávia se iniciou em 1945. Até mesmo antes de 1948, o grupo de Tito já tinham começado a abandonar a estrada para o internacionalismo proletário e adotou o nacionalismo burguês reacionário. Isso foi unido com a política do dólar e era um produto disso na Iugoslávia. Mas até os dias de hoje, uma boa parte do povo Iugoslavo, e os membros da Liga dos Comunistas Iugoslavo, ainda não perceberam isso. Embora o programa da Liga dos Comunistas a Iugoslávia declara que a "propriedade pessoal" e "propriedade de terras privada" também é "socialismo," é compreensível que o grupo dirigente da Liga dos Comunistas da Iugoslávia não necessariamente espera descartar imediatamente as formas de propriedade pública que veio á existir no curso passado da revolução, e é impossível para eles para fazê-lo. Porque se fizerem, não apenas irão conhecer a resistência da classe trabalhadora Iugoslava e de outras pessoas trabalhadoras politicamente conscientes, mas também irá perder sua aparelhagem política de enganar seus compatriotas e confundir a opinião mundial, e assim eventualmente perder seu capital político por barganhar com o imperialismo dos EUA. Há uma contradição aguda entre a política degenerada do grupo de Tito e o desejo do povo Iugoslavo e de Comunistas leais dentro da Liga dos Comunistas da Iugoslávia de trilhar a estrada socialista. Isso ocorre porque, para manter seu domínio, o grupo de Tito está disposto a preservar certas formas de propriedade pública. Além do mais, enquanto o grupo de Tito se manter hostil ao movimento comunista internacional e ao campo socialista liderado pela União Soviética, os imperialistas dos EUA podem concordar com a preservação de certas formas de propriedade pública na Iugoslávia e assumir uma atitude de "não-intervenção." Considere, por exemplo, o que o U.S. News & World Report escreveu em seu exemplar do dia 9 de Novembro de 1956: "Governos induzidos independentes - mas não necessariamente capitalistas - em países que agora são satélites Soviéticos (os imperialistas sempre falam dessa tolice, referindo á todos os países socialistas fora a União Soviética como 'satélites') a Administração Eisenhower está continuando seu apoio ao Titoísmo." Discutindo sobre a função da Iugoslávia em uma conferência de imprensa no dia 6 de Agosto, 1957, John Foster Dulles teve de dizer isto: "É possível ter um regime comunista sem ser dominado pelo o que chamamos de 'comunismo internacional' ou uma marca de comunismo de tipo Soviético." Como Marxistas veem, não há nada estranho em certas formas de propriedade pública sendo toleradas em uma sociedade particular que é governada por uma classe exploradora, desde que eles não prejudiquem, e podem até ajudar, nos interesses fundamentais desta classe exploradora. Na sociedade feudal, por exemplo, é bem comum que certas comunas de vilas, ou certas formas de propriedade pública ou autonomia sejam preservadas. Na sociedade capitalista, uma companhia de estoque conjunto pode ser considerada um tipo de forma capitalista de "propriedade pública" e alguns trabalhadores podem até possuir ações nela. Porém, como todos sabemos, isso não previne que os capitalistas extraia os lucros máximos; pelo contrário, isso adiciona a certeza dos capitalistas de lucros máximos. Após a Revolução de Outubro, os contrarrevolucionários certa vez esperaram poder usar da forma organizacional dos Sovietes - o que eles chamaram de "Sovietes sem Comunistas." Quando a agricultura coletiva foi trazida para a União Soviética, alguns contrarrevolucionários uma vez também quiseram fazer uma forma de agricultura coletiva - o que chamaram de "agricultura coletiva sem Comunistas." Neste ponto, Stalin corretamente disse: "Tudo depende do conteúdo que é posto nesta forma." Todas as formas organizacionais, políticas ou econômicas, se mantém como meras formas organizacionais. A questão é quem as dirige, quem as lidera. Como o Camarada Mao Tsé-tung disse em seu discurso "Sobre Como Tratar Corretamente as Contradições entre o Povo," os revisionistas, também, pagam serviço labial para o marxismo-leninismo. É dito que, na Iugoslávia, o grupo de Tito permite que pessoas pendurem retratos de Marx e Lenin. Este ponto precisa ser visto pelo mesmo ângulo. O que o grupo de Tito está fazendo é permitir uma certa quantidade de fraseologia Marxista enquanto se livra de seu conteúdo revolucionário. Em países onde o movimento da classe trabalhadora tem uma tradição Marxista por trás, revisionistas e oportunistas podem até aceitar parte da teoria Marxista, e até mesmo a teoria da luta de classes, onde entra em acordo com os interesses da burguesia. Lenin disse: "Aqueles que reconhecem apenas a luta de classes ainda não são Marxistas; eles podem se encontrar não mais distantes das fronteiras da razão e políticas burguesas. Limitar o Marxismo com a teoria da luta de classes significa encurtar o Marxismo, distorcê-lo, reduzi-lo a algo que é aceitável para a burguesia. Um Marxista é aquele que estende a aceitação da luta de classes para a aceitação da ditadura do proletariado." Mas o grupo de Tito foi muito mais além do que esses oportunistas que aceitaram a luta de classes. Eles até mesmo repudiaram a luta de classes, a fim de caber nas necessidades dos imperialistas dos EUA. O grupo dirigente da Liga dos Comunistas da Iugoslávia declara que sobre nenhumas circunstâncias irá abandonar sua posição revisionista, que qualquer tentativa de mudar essa posição é ilusório e não terá resultados. Também declaram que não irão parar com sua contestação, isso quer dizer, que irá continuar a desafiar o marxismo-leninismo. Percebe-se portanto que é impossível cessar essa luta. Essa luta é boa para o marxismo-leninismo? O Camarada Mao Tsé-tung disse que sobre condições específicas "coisas más podem se tornar em coisas boas." Coisas sempre se desenvolvem dialeticamente. O programa da Liga dos Comunistas da Iugoslávia é uma expressão concentrada do revisionismo moderno. Ele irá servir como exemplo em reverso para educar o povo Iugoslavo e os Comunistas do mundo e permitir que o povo seja capaz de distinguir de forma ainda mais clara entre o marxismo-leninismo e o anti-marxismo-leninismo. O marxismo-leninismo sempre cresceu e desenvolveu combatendo o oportunismo de cada tipo. Enquanto os marxista-leninistas promovem uma luta clara e firme contra o revisionismo moderno, o movimento comunista internacional será beneficiado.
Este artigo apareceu no exemplar de 1 de Junho do Hongqi (A Bandeira Vermelha), o jornal quinzenal do Comitê Central do Partido Comunista da China
Escrito por Chen Po-ta