"Inclinamos nossas Bandeiras de Combate diante do nosso Mestre e Guia amado"
Os homens simples de todos os recantos do mundo, sob indescritível emoção, estão voltados para Moscou. Na Praça Vermelha, ao lado do corpo do grande Lenin, velado com gratidão e respeito pelos milhões de homens soviéticos, jaz sem vida o chefe incomparável dos povos – o camarada Stalin.
Todos os que aspiram um mundo melhor, de paz e felicidade, encontram-se dominados pela mais profunda dor. Temos o coração dilacerado em face da tremenda desgraça que se abateu sobre a humanidade com a morte do grande Stalin. Incontidas lágrimas brotam de nossos olhos por essa perda irreparável.
É impossível aquilatar a extensão do golpe que acaba de sofrer a causa da humanidade, da libertação e do bem-estar dos povos. Vivemos um instante profundamente doloroso. Perdemos o homem que nos era mais caro. Sim. O grande Stalin era o nosso pai, nosso mestre e guia. Era o pai amado da humanidade trabalhadora.
A história da sociedade humana, desde os seus primórdios, não assinala, à exceção da figura luminar de Lenin, nenhum herói, sábio ou estadista que tanto contribuísse para o bem-estar dos povos. Stalin foi o grande artífice da felicidade do homem. Nos acontecimentos decisivos deste século, Stalin sempre foi o personagem central. Nos momentos culminantes, que marcam as bruscas mudanças do desenvolvimento social, é quando mais se revelavam a sua grandeza incomensurável e a plenitude de seu gênio.
Ao lado do grande Lenin, Stalin forjou o Partido dos comunistas, Partido que, à vanguarda dos trabalhadores de todos os países, dirige os povos pela luminosa estrada que conduz à libertação total e definitiva de toda a humanidade. Durante mais de três décadas, educou e temperou os revolucionários do mundo inteiro, os homens que dedicam suas vidas à liquidação da exploração do homem pelo homem. Stalin foi o grande estrategista do invencível exército proletário que, sob a bandeira do marxismo-leninismo, luta vitoriosamente pelo socialismo e pelo comunismo. Stalin não era somente o guia e mestre dos povos. Seu nome era uma bandeira, infundia às massas a certeza da vitória.
Na maior revolução que a história conhece – a Grande Revolução Socialista de Outubro – junto a V. I. Lenin encontrava-se o grande Stalin à frente do proletariado russo, esmagando as forças retrogradas do capitalismo. O nome de Stalin está indissoluvelmente ligado ao de Lenin, de quem foi companheiro de armas e de cuja obra foi continuador genial.
Graças a Stalin, os povos da União Soviética construíram o socialismo e marcha, hoje, pela senda gloriosa do comunismo. A União Soviética ergue-se como uma cidadela inexpugnável em defesa da paz, da independência e da soberania de todos os países.
Na época da guerra contra o nazismo, Stalin revelou-se o maior general de todos os tempos e salvou a humanidade da barbárie fascista. Depois da segunda guerra mundial, nos dias atuais, quando as forças sociais retrógradas, os monopolistas ianques e seus lacaios, objetivando lucros máximos, tramam uma nova carnificina, foi ainda o camarada Stalin quem se colocou à frente dos que almejam e lutam pela paz. Stalin era o campeão mundial da paz.
Por tudo isso, Stalin foi o homem que as grandes massas mais amaram e sua memória é venerada por todos os povos.
Stalin foi um revolucionário completo. Desde a juventude dedicou inteiramente sua vida à nobre causa da revolução social, à luta para acabar com a exploração, com o capitalismo. Gênio da revolução, sua vida é exemplar e inspiração para todos os militantes do partido do proletariado. Na arte da direção revolucionária era um consumado e genial mestre.
Na pessoa de Stalin não se conjugavam somente o humanista, o grande capitão, o revolucionário modelar, o educador incomparável e o guia da humanidade trabalhadora. Stalin, antes de tudo, era um sábio. Dominando inteiramente o marxismo-leninismo, sendo ele mesmo um marxista criador, abriu novos horizontes à ciência contemporânea. Suas contribuições de gênio aos mais variados campos da ciência revelaram o cientista, o clássico do marxismo, o gigante do pensamento humano, o mais elevado representante do conhecimento avançado de nossa época. Todas essas peregrinas qualidades moldaram um tipo de chefe excepcional. Stalin, como dirigente, é da estirpe do grande Lenin. Sua característica era a mesma que o próprio Stalin deu ao seu genial companheiro de armas: “Um dirigente de tipo superior, uma águia das montanhas”.
Um chefe de tal quilate, cuja fidelidade ao povo e aos princípios do socialismo era inabalável, não podia deixar de contar com a admiração e o reconhecimento do povo brasileiro. Stalin era o maior amigo de nosso povo. Por isso reverenciamos sua memória, choramos sua perda.
Stalin morreu. No entanto, a sua obra e os seus ensinamentos permanecerão eternamente vivos. A força das ideias stalinistas impulsiona a luta dos povos pelo progresso, a felicidade e o bem-estar. O pensamento de Stalin está presente nos milhões de combatentes revolucionários por ele formados em todo o mundo, permanece vivo no Partido Comunista da União Soviética e no seu Comitê Central stalinista. O pensamento de Stalin subsiste na forma mais pura nos seus colaboradores mais próximos, que ele forjou à sua imagem.
No meio da imensa desgraça que nos atinge, a certeza da vitória nos anima. A vitalidade das ideias imortais do stalinismo nos dá a plena convicção de que as forças da paz, da democracia e do socialismo derrotarão irremediavelmente as forças reacionárias da guerra e do imperialismo. Os princípios do stalinismo são invencíveis.
Nesta hora dolorosa para o nosso Partido e para o povo brasileiro, quando inclinamos nossas bandeiras de combate diante do corpo inanimado de nosso guia e mestre amado, devemos ter presente o compromisso do Comitê Nacional do PCB de honrar a gloriosa memória de Stalin, erguendo mais alto a bandeira da paz, das liberdades e da independência nacional. Fiéis aos ensinamentos de Stalin, tudo devemos fazer para cumprir o sagrado juramento de nosso Partido, de que o nosso povo jamais fará guerra à Pátria do Socialismo.
Assim reverenciamos a memória do grande Stalin, cuja glória imorredoura sempre inspirará a nossa luta.
Artigo de Maurício Grabois, publicado no Jornal Voz Operária (RJ), 10 de março de 1953.