Conquistas soviéticas importantes ao mundo e à classe operária
É comum ouvir nas sociedades capitalistas que a União Soviética era atrasada em todos os aspectos: social, político, cultural, econômico e técnico-científico. Existe uma tendência a ver o lado negativo do socialismo, e até mesmo de transformar em negativo um aspecto que na verdade é positivo, através da propaganda anticomunista.
Esse discurso é absorvido facilmente pela falta de contrapontos de qualidade, necessários, a esses mitos. O presente texto é uma tentativa de ser um desses contrapontos. Serão enumeradas diversas conquistas da União Soviética durante toda sua existência. Aqui nos focaremos apenas nessa experiência em particular, especialmente antes de uma série de reformas que pouco a pouco destruíram o socialismo na URSS, por ela ter se tratado de um grande marco da história do socialismo e igualmente o que tem o maior número de informações disponível.
Conquistas políticas e sociais
1. A República Socialista Federativa Soviética da Rússia foi o primeiro Estado proletário da História a se consolidar, num combate contra mais de 10 países capitalistas que tentaram parar a revolução socialista. Foram derrotados pelo Exército Vermelho.
2. A Rússia socialista foi o primeiro país a criminalizar o racismo. Existiam Soviets para todas as etnias e nacionalidades. Alguns eram compostos inteiramente por minorias étnicas como afrodescendentes, outros Soviets eram compostos inteiramente por judeus. Isso numa época em que nos países capitalistas ambos eram tratados com desdém, uma segregação violenta com vítimas mortais e genocídios. Vários artistas, intelectuais e ativistas negros elogiavam o tempo que passaram na União Soviética, por exemplo o ativista, sociólogo e historiador W.E.B. Du Bois, o cantor Paul Robeson, o boxeador Muhammad Ali, o poeta Claude McKay. Considerações sobre essas experiências podem ser encontradas no livro “Black in the USSR”, de Joy Gleason Carew; na autobiografia de Harry Haywood, “Black Bolshevik”; e também no livro de William Mandel, “Soviet But Not Russian: The Other Peoples of the Soviet Union”.
3. Até o fim da “Era Stalin”, as várias nacionalidades e etnias que compunham a URSS tinham a possibilidade (e eram, também, encorajadas) a utilizar o próprio idioma, continuar com seus próprios costumes e religiões. O Oblast Autônomo Judaico, por exemplo, foi criado em 1934 na cidade de Birobidjan.
4. O analfabetismo foi quase completamente erradicado em aproximadamente 20 anos após a revolução, por causa de uma ampla campanha promovida pelo partido. Antes, 80% da população era analfabeta, apenas 13% das mulheres podia ler. Até a Revolução Russa, apenas 250 mil russos tinham educação superior. Em 1959 esse número já ultrapassava a marca dos 13 milhões e 45 milhões com 7 a 10 anos de estudo. No Uzbequistão pré-revolucionário, 2% da população era alfabetizada; em 1968 o número sobe para 95%.
5. Não havia população desempregada ou sem-teto e a habitação não tinha os problemas que hoje conhecemos como comuns nos países capitalistas, onde impera a especulação imobiliária. A segregação de habitações por renda familiar.
6. Instituíram a equidade de gênero, com pagamentos iguais entre homens e mulheres na mesma função, direito de voto e de participação política direta (através dos Soviets) às mulheres, acesso à educação sem distinção de gênero (e também de etnia, nacionalidade ou religião). As mulheres se juntavam na construção do socialismo sem segregação e não eram impedidas de exercer as mesmas profissões dos homens.
7. A alimentação era planejada, com preços regulados e subsidiados pelo Estado, para garantir a necessidade das populações soviéticas, em primeiro lugar, ao invés do lucro por venda de excedentes.
8. Os livros, revistas e jornais também eram subsidiados para que tivessem um preço baixo, aumentando o acesso da população à literatura e à imprensa. O rádio, que foi uma invenção russa da época imperial, foi muito difundido e importante meio de divulgação cultural. O número de instituições culturais subiu de 32 mil em 1929 para 54 mil em 1933. Construíram-se palácios da cultura, primeiro em Leningrado, depois em centros industriais e culturais e nos kolkhozes (propriedades agrícolas coletivas com administração popular). Em 1913 havia 9 milhões de livros nas bibliotecas e 180 museus; em 1932 já havia 91 milhões de exemplares e 732 museus. A tiragem de jornais aumentou 300% de 1928 a 1933. Em todos os distritos editavam-se jornais locais, cerca de 3 mil das Estações de Máquinas e Tratores e mais de mil jornais de fábrica e empresa. Mais de 3 milhões de operários e camponeses eram correspondentes. Publicava-se nos 88 idiomas dos povos da URSS.
9. O sistema de saúde universal foi o primeiro no mundo. Nenhum outro país tinha tantos médicos per capita ou camas de hospital per capita. A expectativa de vida dobrou. O número de médicos era o dobro que nos EUA; em 1977 havia na URSS aproximadamente 35 médicos e 212 camas de hospital a cada 10 mil habitantes e nos EUA os números eram 18 e 63, respectivamente, a cada 10 mil habitantes. De acordo com o censo de 1913, a expectativa de vida era de apenas 35 anos, aproximadamente; mesmo com a Segunda Guerra Mundial, nos anos 50 a expectativa já havia subido para 55 anos e continuou a crescer até a marca dos 75 anos para mulheres e 65 para homens; na década de 90 houve a maior queda desse índice, que só voltou a se recuperar realmente em 2005.
10. Uma queda notável na mortalidade aconteceu ao mesmo tempo em que a industrialização e a urbanização crescia. Em Moscou, em 1913, a mortalidade por tuberculose, por exemplo, era de 22,6 a cada 10 mil habitantes; em 1938 já estava entre 10 e 12. Um a cada 4 médicos era especializado em tuberculose.
11. O sistema político-econômico era voltado para a defesa do trabalhador como classe dominante. Os sindicatos se tornaram ferramentas de poder político nas mãos dos trabalhadores, que então podiam vetar demissões e mudar o setor gerencial. Indiretamente, a Revolução alimentou a pressão, nos países capitalistas, por melhores condições de trabalho. Porém, nenhum sindicato no capitalismo é capaz de prover a mesma liberdade política que tinham os soviéticos.
12. Os sindicatos não devem ser confundidos com os Soviets, que foram mais importantes na luta política contra o czarismo, também por servirem de base para a construção da primeira fase do comunismo. Essas organizações de massa representam fielmente uma ditadura do proletariado, que é ao mesmo tempo democracia proletária. Isto é, a conquista do poder político pelas classes oprimidas. Surgem em 1905 como órgãos da insurreição armada, concebidos pela criatividade revolucionárias das massas populares; Soviet significava qualquer tipo de conselho, mas mais especificamente um Conselho de Deputados dos Trabalhadores, Soldados e Camponeses. Através deles, o direito de voto atingiu uma amplitude maior do que em qualquer outro país. O direito de votar e de ser eleito era baseado na participação ativa do indivíduo em qualquer trabalho útil, manual ou intelectual.
13. A democracia soviética traduz-se através dessa ampla atividade por meio da qual todas as decisões são produzidas pelas massas, criticadas centenas de vezes pelos fazendeiros coletivos e pelos simples camponeses, pelos trabalhadores urbanos, pelos soldados e intelectuais, enfim, todas as camadas populares da União Soviética, sob todos os seus aspectos.
14. Cada Soviet de vila (Selosoviet) devia também examinar e discutir problemas relativos ao rayon (subdivisão administrativa similar a “município”), ao oblast (subdivisão administrativa similar a “estado federal”), à República e até os de importância para o conjunto da URSS, através de um decreto de 7 de fevereiro de 1930 do Comitê Executivo Central da União Soviética (TSiK). Podiam discutir qualquer assunto relativo ao governo, tanto local quanto central e se reunir quantas vezes for necessário (algumas discussões levaram meses para alcançar um consenso). A eleição nesse tipo de Soviet era trienal, dirigida por uma comissão eleitoral independente, cujo presidente era indicado pelo presidente do rayon e assistido por dez membros nomeados pelo Selosoviet, que também tinha que eleger um comitê de revisão ou tomada de contas distinto do Soviet. As chapas raramente eram constituídas apenas de membros do Partido Comunista.
15. A Constituição socialista russa é considerada um marco nos Direitos Humanos.
16. É possível considerar a vitória contra o nazismo como conquista política e social, mas de tão importante que ela foi, vamos considera-la uma conquista humanitária. Nenhum país sofreu tanto numa guerra, em parte porque as potências capitalistas isolaram a URSS, frustrando os planos de formação de uma aliança militar antifascista, durante a consolidação do poder do Eixo nazi-fascista.
Tudo isso, quando visto por um “ocidental”, era espantoso. As relações sociais no capitalismo – independente do grau de reformismo que ele sofre – são bem diferentes.
Até hoje, analisando certos mecanismos em países capitalistas que tentam implementar uma “democracia” participativa ou uma “democracia” direta, não existe uma experiência que tenha construído um verdadeiro governo do povo quanto o sistema soviético. A “democracia” burguesa é uma formalidade. Ela não ultrapassa os limites da dominação capitalista, caso contrário não seria legalizada e permitida, principalmente em forma de “democracia” representativa.
Conquistas econômicas
1. A indústria cresceu mais de 800% desde o czarismo até o segundo plano quinquenal. A produção industrial dobrou em 1947 em relação ao período anterior à Segunda Guerra. Em 50 anos a URSS já era párea aos EUA em produção industrial.
2. O crescimento do PIB per capita ultrapassou o de quase todos os outros países, exceto Japão, Coreia do Sul e Taiwan. Isso tem uma dimensão maior do que parece, porque em 1928 ainda era uma região majoritariamente agrária.
3. A planificação econômica conseguiu pouco a pouco eletrificar e industrializar todos os países que compunham a URSS, fazendo com que a Crise de 1929 dos países capitalistas não os afetassem. O PIB soviético era o que mais crescia na época. Os salários também cresceram em patamares muito superiores aos de seus vizinhos, e já chegaram a ultrapassar os dos operários estadunidenses.
4. A coletivização, que teve uma adesão voluntária maciça, é a principal forma de propriedade do socialismo, sendo a maior envolvida no desenvolvimento das forças produtivas e construção de novas relações de produção, que segundo Marx e Engels são pré-requisitos para a possibilidade de construção do socialismo (mais especificamente em “A Ideologia Alemã”).
5. As propriedades coletivizadas receberam forte investimento estatal, atingindo um nível de desenvolvimento técnico que é inexistente em diversos países capitalistas até hoje. E, especialmente nas propriedades agrárias, o processo de mecanização crescia em ordem geométrica. Em 1929 havia quase 35 mil tratores; 4 anos mais tarde já havia 204 mil!
6. A reversão dos maus frutos da Nova Política Econômica criou um sistema com 91% da atividade econômica sob controle público, coletivo e estatal. A coletivização na agricultura foi o que permitiu um combate efetivo contra a fome, principalmente durante a guerra. O aumento de 120,7 milhões de camponeses para 132 milhões de 1926 a 1940 permitiu alimentar a população urbana, que cresceu de 26,3 para 61 milhões no mesmo período.
7. Os bolcheviques queriam transporte fácil e barato a todos, daí o foco em investir no sistema metroviário. O Metrô de Moscou foi inaugurado em 1935 e transportava o maior número de passageiros do mundo.
8. É preciso citar que durante a Grande Guerra Patriótica, como é chamada até hoje a Segunda Guerra nos territórios que compunham a URSS, ocorreram algumas mudanças em determinadas políticas que vigoravam, em relação à disciplina no trabalho principalmente na indústria pesada, diretamente relacionada à guerra, e que posteriormente foram revogadas, assim como a lei do aborto que foi modificada ao mesmo tempo em que aumentaram o investimento em construção de mais maternidades, aumento do auxílio financeiro às famílias e do tempo de licença-maternidade, maior atenção a questões matrimoniais, etc.
Conquistas técnico-científicas
As inovações tecnológicas no período soviético são muitas, essa lista é somente uma parte delas, nessas áreas citadas e em diversas outras, sem contar as invenções do período russo pré-revolucionário.
É óbvio que nada disso deve ser visto como “tecnologia socialista”. Tecnologia é produzida desde a pré-história, quando não havia nenhum modo de produção, sendo o fogo considerado a primeira tecnologia humana. É inegável, porém, o boom tecnológico em relação ao período pré-revolucionário, principalmente devido à popularização da ciência e ao próprio desenvolvimento técnico-científico não estar – no socialismo – à mercê do lucro privado e de interesses empresariais, que não servem à classe trabalhadora e à humanidade.
1. Primeiro satélite artificial do mundo, o Sputnik 1, lançado pelo Cosmódromo de Baikonur. O Orbita foi o primeiro satélite de televisão nacional no mundo, utilizando satélites Mulniya, testado com sucesso em 1962 e totalmente operacional em 1967.
2. Os soviéticos foram os pioneiros em tecnologia espacial. Toda tecnologia básica utilizada no espaço é criação soviética. Levaram pela primeira vez um cidadão da Terra ao espaço, tendo também tirado as primeiras fotos do lado oposto da lua e da Terra. Fizeram também a primeira estação espacial (o Mir) e enviaram o primeiro rover à lua. Primeiro veículo espacial reutilizável. Entre outras inovações no setor.
3. Quebra-gelo nuclear, um exemplo de utilização pacífica desse tipo de energia.
4. O tanque T-34 foi reconhecido no mundo todo como o melhor tanque médio da Segunda Guerra. O tanque KV foi reconhecido até pelos alemães como o melhor tanque pesado da primeira metade da Segunda Guerra, sendo o soviético IS-2 o melhor da segunda metade.
5. O caça Yak-3 foi o melhor caça leve da Segunda Guerra de acordo com vários experts estrangeiro, por suas qualidades táticas e técnicas.
6. A maior torre de rádio e televisão sem apoios, a Torre Ostankino.
7. Melhor rifle do mundo, o AK-47.
8. Os melhores equipamentos de solda no mundo, e outros equipamentos e técnicas de metalurgia, tendo dominado o processo de brasagem de metais, a produção em massa de aço, a construção de canos específicos para gasodutos, entre outros.
9. Um sistema único de energia, destruído depois por Yeltsin e um de seus ministros, Chubais, hoje CEO da Corporação Russa de Nanotecnologia desde 2008, que implementou privatizações no começo dos anos 90.
10. Reator experimental de fusão nuclear, Tomakak, inventado na década de 50 pelos físicos Igor Tamm e Andrei Sakharov.
11. Usina nuclear, cujo modelo foi apresentado pela primeira vez na conferência de Genebra.
12. Instalação móvel para lançamento de mísseis balísticos baseado em vagões, destruída nos anos 90 a pedido do Departamento de Estado dos EUA.
13. Maser, o dispositivo que tornou o laser possível. Townes, Nikolay Basov e Alexander Prokhorov ganharam o Prêmio Nobel de Física em 1964 pelo trabalho teórico que levou à construção do maser.
14. Submarino nuclear com o casco de titânio.
15. Primeiros aviões de geometria variável na asa operacionais, MiG-23 e Su-17.
16. Um avião com pouso e decolagem verticais operacional, o Yak-38.
17. O segundo avião para transporte de passageiros como motor a reação (jetliner), depois da Inglaterra (com seu de Havilland Comet), o Tupolev Tu-104, e também o primeiro para transporte de passageiros supersônico, o Tu-144.
18. O “Ekanoplan”, uma espécie de híbrido entre navio e avião que foi testado nos anos 80.
19. O primeiro transporte aéreo capaz de carregar mais de 250 toneladas no ar.
20. O navio com hidrofólio.
21. 40% da aviação civil da segunda metade do século XX era equipada com aviões soviéticos.
22. O primeiro caminhão com capacidade para carregar 850 toneladas de minérios, no sul de Yakutia.
23. A indústria automobilística era a 5ª maior do mundo.
24. A primeira linha de trem educacional do mundo, no Parque Gorky em Moscou, construída em 1932, que levou ao desenvolvimento de um projeto em escala nacional. Ela foi criada para o ensino de profissões ferroviárias.
25. Primeiro computador eletrônico programável da Europa continental, o MESM, sob a direção de Sergei Lebedev, em 1950. Também em 1958 criou-se o primeiro computador ternário moderno (que usa lógica ternária, ou seja, com três possíveis dígitos: -1, 0 e 1) e em 1967 o primeiro computador para operações matemáticas, por Mikhail Kartsev.
26. Kaissa foi o computador que se tornou primeiro campeão mundial de xadrez eletrônico do mundo, em 1974.
27. Os primeiros nanotubos de carbono. Foi publicado em 1952 no Jornal Soviético de Físico-Química imagens claras de tubos feitos de carbono com 50 nanômetros de diâmetro, por L. V. Radushkevich e V. M. Lukyanovich. Os nanotubos de carbono são úteis para a nanotecnologia, eletrônica, ótica e outros campos das ciências e tecnologias materiais.
28. Nos anos 30 já existiam mais de 70 instituições de ensino de Medicina, as maiores em Leningrado e Moscou. Isso provocou avanços também na área da Medicina.
29. Aparelho de Ilizarov, utilizado para tratar fraturas expostas, utilizado até hoje.
30. Primeira técnica de transfusão de sangue com cadáveres, que nunca foi largamente utilizada mesmo na Rússia, mas que influenciou na criação do primeiro banco de sangue do mundo, também soviético.
31. O autojetor emulava o funcionamento do rim e do pulmão, e ocorreram depois os primeiros transplantes de rim e pulmão.
32. A URSS se tornou a principal produtora de máquinas agrícolas até o início da Segunda Guerra. Em 1937 tinha 44 mil unidades, em comparação a 29 mil unidades nos EUA.
Conclusão
Aqui as conquistas foram separadas em tópicos, porém os aspectos políticos, econômicos, sociais, culturais e técnico-científicos sempre se misturam. É seguro afirmar que a União Soviética teve uma série de conquistas indiscutíveis em diversos campos, demonstrando incorreta a ideia de que o socialismo seria indesejável ou desnecessário aos trabalhadores, derrubando o preconceito dos que veem o socialismo como incapaz de produzir inovação, com a falsa premissa de que apenas a concorrência sob um mercado capitalista seria capaz disso. Esquecem, por exemplo, que a maior parte da inovação e da pesquisa científica nos países capitalistas – inclusive nos EUA – acontece principalmente com investimento do Estado, não por intervenção de uma suposta “mão invisível do mercado”. Isso foi influência do impacto da inovação tecnológica soviética. Um estudo de 2008 por Block e Keller mostrou que 77 das 88 maiores inovações listadas na R&D Magazine foram totalmente financiadas pelo setor público, incluindo algoritmos usados no mecanismo de busca do Google, tecnologias presentes no iPhone e novas vacinas.
Se a URSS conseguiu se desenvolver tanto mesmo partindo de uma sociedade atrasada e feudal, imagine o que o socialismo poderia prover às maiores economias do mundo hoje, incluindo o Brasil que é um país continental cheio de recursos naturais. Eles estariam sendo utilizados para a máxima satisfação interna, para o cumprimento das necessidades dos trabalhadores brasileiros, que hoje vivem numa nação saqueada pelo imperialismo, graças a políticas entreguistas que nos atrasam tanto em questão econômica, quanto em questão social. Anos e anos de apaziguamento da luta de classes, da repetição ainda hoje de mitos “economicistas” contra o marxismo, também foram responsáveis pelo caos que estamos vivendo.
A resposta real para esse problema, uma resposta que é capaz de abrir à classe trabalhadora o caminho para a sua emancipação, é a revolução ininterrupta em direção ao socialismo, realizada pelos próprios trabalhadores, dirigida pelo seu partido de vanguarda que é o partido comunista, ainda em vias de ser reconstruído no Brasil.
Novembro de 2017
Escrito por Rodrigo S. B.