EUA e Coreia do Sul seguem atuando contra a paz na Península Coreana
Na última semana, a Coreia do Sul teve sucesso no seu primeiro lançamento de um míssil balístico a partir de um submarino (SLBM, sigla em inglês), se transformando assim no sétimo país do mundo, oficialmente, a possuir tal tecnologia armamentista.
O teste realizado a partir do submarino de 3 mil toneladas Tosan An Chang Ho foi acompanhado pelo presidente sul-coreano Moon Jae-in e foi tratado como “suficiente para dissuadir a provocação do Norte”.
A ação, evidentemente, faz parte dos planos dos Estados Unidos de ampliar a militarização e acelerar a corrida armamentista na região, para destruir o clima político na Península Coreana e não deixar espaço para nenhum tipo de conversação entre as duas partes coreanas.
O teste vem depois dos anúncios das manobras conjuntas do imperialismo estadunidense e a Coreia do Sul realizadas em agosto deste ano, o “exercício do Estado-Maior para controle de crises” e o “posto de comando conjunto”. Apesar das tentativas de negação de decisões das autoridades sul-coreanas, Kim Yo Jong, dirigente do Partido do Trabalho da Coreia, foi firme na denúncia de que mesmo com os protestos internacionais, as manobras são exemplo coerente da política hostil dos Estados Unidos contra a República Popular Democrática da Coreia e que se trata de mais um ensaio de guerra do imperialismo, que anualmente contribuiu para o agravamento da situação política e da tensão militar na região.
De fato, os exercícios militares e o investimento armamentista no Sul da Coreia é a prova da demagogia dos Estados Unidos, que por um lado fala abertamente de “compromisso diplomático" e "diálogo incondicional", mas que atua sempre para ampliar a tensão na Península e assim ter seus interesses atendidos.
Em artigo divulgado na KCNA, Jang Chang Ha, Presidente da Academia de Ciências de Defesa Nacional, questiona a capacidade da nova tecnologia do SLBM divulgados pelo governo sul-coreano, mas ressalta que "para além do nível de desenvolvimento do SLBM pela Coréia do Sul ou seus pretextos, estamos impressionados com sua obsessão em fazer armamentos operáveis no submarino e estamos analisando atentamente a intenção oculta. Os ambiciosos esforços da Coreia do Sul para melhorar o sistema de armas submarinas prenunciam a crescente tensão militar na Península Coreana e mais uma vez nos colocaram em alerta ao ensinar claramente o que devemos fazer".
Mais uma vez fica comprovada a justeza da política Songun e os preparativos levados a cabo pelo governo da Coreia Popular de desenvolver seus meios de dissuasão nuclear e defesa nacional, diante de um quadro político no qual os Estados Unidos e sua presença no sul da Península impede qualquer avanço de negociações de paz e de reunificação do povo coreano.