"Frustrar os planos de Duterte de instaurar uma ditadura fascista nas Filipinas"
O povo, porém, não está pronto para se curvar à tirania de Duterte. Em face da repressão e ameaças contra os seus direitos democráticos, têm demonstrado ainda maior unidade e determinação em revidar. Eles vieram em auxílio uns dos outros e ajudaram a fortalecer a coragem coletiva e o compromisso do povo para proteger seus direitos e fazer avançar sua causa democrática.
É gratificante que a ampla gama de forças que agora se opõe ao Projeto de Lei Antiterrorista esteja trabalhando conjuntamente e fazendo todo o possível para impedir que ele seja promulgado.
Amanhã, 12 de junho, forças democráticas em todo o país se reunirão em diferentes lugares para manifestar sua unidade contra a Lei Antiterrorista. Escolheram o dia adequadamente, sublinhando o fato de que 122 anos desde a declaração nominal de independência, o país permanece sem soberania, nas garras das grandes potências imperialistas (tanto dos EUA como da China) e sob a tirania de um fascista e ditador detestado.
O Partido deseja o melhor a todas as forças democráticas e anti-tirânicas. O Partido e todas as forças revolucionárias são solidários à luta do povo filipino contra a Lei Antiterrorista e o esquema do regime de Duterte para estabelecer uma ditadura fascista.
É urgente que o povo filipino se una e lute vigorosamente para impedir o plano de Duterte que consiste em instaurar uma ditadura fascista por meio da promulgação da Lei Antiterrorista.
O grupo de Duterte parece determinado em pressionar essa medida fascista, apesar da ampla oposição contra a mesma. Uma ampla variedade de grupos tem se levantado e manifestado sua rejeição ao projeto de lei. Eles denunciam que uma vez aprovado o projeto de lei fará com que Duterte possa aplicar lei marcial, permitindo a proscrição de pessoas como "terroristas" e as prendendo e detendo sem acusações.
O caráter claramente antidemocrático do projeto de lei antiterrorista, que Duterte considerou como urgente, indignou o povo filipino. A revolta deles é ainda maior porque foi dada prioridade frente ao clamor por testes em massa e outras medidas de saúde necessárias para enfrentar a pandemia. Duterte e seus lacaios correm o risco de aumentar o isolamento político e sua legitimidade se passarem o projeto de lei com total desconsideração pela oposição do povo.
Uma frente muito ampla de forças democráticas está agora contra Duterte. Eles vêm de uma ampla gama de caráter tanto político quanto apolítico. Eles emitiram notas de repudio e manifestos e expressaram sua indignação na mídia e nas mídias sociais. Eles protestaram através de manifestações, sempre conscientes da necessidade de distanciamento físico para prevenir infecções pelo Covid-19, mas mais importante, da necessidade de solidariedade social para combater o perigo maior que ameaça a democracia.
O Partido denuncia o regime de Duterte por seus atos de repressão para rechaçar opositores ao projeto e por utilizar a pandemia como justificativa para medidas antidemocráticas. Vários manifestantes foram presos e detidos nos últimos dias, somando-se às dezenas de milhares de pessoas presas durante os três meses de quarentena. O Estado intensificou a campanha de "identificação terrorista" contra os manifestantes.
Nas províncias e áreas rurais, longe dos olhos da mídia, a repressão do regime se intensificou com uma série de assassinatos em Samar, prisões em massa em Bukidnon, ataques e massacres em Bicol, prisão de líderes e coação de camponeses para se renderem, tudo em nome do "combate ao terrorismo".
11 de junho de 2020