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O Socialismo Científico de Marx e Engels


VI - O Socialismo Científico de Marx e Engels

As revoluções burguesas ao longo da História e o próprio nascimento do modo de produção capitalista tiveram sua importância e trouxeram avanços significativos para o desenvolvimento e o progresso da Humanidade. No entanto, essas revoluções criaram contradições e se tornaram limitadas e – muitas vezes – retrocederam às condições do velho mundo feudal. O lema da revolução francesa “igualdade, liberdade e fraternidade” não foi posto em prática e uma nova revolução, agora socialista, seria necessária para libertar uma nova classe surgida após a tomada do poder político pela burguesia: a classe operária. Mas, faltava uma teoria revolucionária científica, concreta, para tomada do poder pelos operários e essa teoria seria desenvolvida por Karl Marx e Friedrich Engels.

A teoria revolucionária do proletariado, desenvolvida por Marx e Engels, que visa a transformação – através de um contexto revolucionário – da sociedade burguesa numa sociedade socialista e comunista, surgiu devido às condições materiais existentes para esse surgimento. Esta teoria coloca em destaque as duas classes fundamentais da sociedade burguesa que estão sempre em luta: a burguesia e o proletariado. Estes conflitos tendem a se acirrar conforme as contradições avançam e essas contradições são naturais na injusta sociedade criada pela burguesia. Foi o concurso dessas circunstâncias que permitiu e determinou à teoria revolucionária do proletariado ao mesmo tempo uma teoria cientifica, um método e uma concepção que abarca a realidade em todos os seus aspectos, e que fosse, afinal, a verdadeira filosofia.

Com a tomada do poder político pela burguesia, entre os anos de 1820 a 1840, principalmente nos países onde a revolução industrial se desenvolvera mais (Inglaterra e França), o modo de produção capitalista produziu fenômenos como, por exemplo, a crise de superprodução, com a contradição da forma social de produção e a apropriação dessa produção pela forma privada. A primeira dessas crises de superprodução aconteceu na Inglaterra em 1826, afetando inclusive o Brasil, com a proibição de produtos brasileiros como café, açúcar e algodão que concorressem com a produção desses produtos em colônias britânicas, além de medidas protetivas como a diminuição em 15% na importação de artigos para o Brasil. Na prática, isso destruiria qualquer intenção de industrialização do Brasil e arruinava a produção brasileira, postergando o nosso desenvolvimento nacional. A Ideologia Alemã Marx, nascido em Tréves, Renânia (Alemanha), num 5 de maio de 1818, em plena revolução industrial na região renana, era filho de uma família culta de judeus; seu pai, advogado, permitiu uma vida confortável ao futuro fundador do Socialismo Científico. A 1º de abril de 1843, depois de um regime de censura rigorosa, o governo da Prússia fecha a Gazeta Renana, do qual o jovem Marx era redator-chefe. Em junho, Marx casa com aquela que seria sua companheira de toda a vida: Jenny von Westphalen. Em outubro, vai viver em Paris, onde começa a elaborar a Teoria que mais tarde seria, em sua homenagem, chamada de Marxista. A nova concepção de mundo, fundada pelo marxismo, estabelecia com toda a clareza as contradições na antiga e tida como verdade absoluta, filosofia alemã. Como diria Marx: “Resolvemos, na verdade, ajustar nossas contas com a nossa concepção filosófica de outrora” (Marx em Prefácio à contribuição à crítica da economia política). Em A ideologia alemã, Marx e Engels mostram que o idealismo está estreitamente ligado com as classes hostis ao proletariado e que, em particular, as concepções dos jovens hegelianos refletem a covardia e a impotência da burguesia alemã da época. necessitada de um lado, de enfrentar a reação feudal-absolutista em seu país, mas temerosa, dentro da ação revolucionaria independente do proletariado. Ao mesmo tempo, fazem uma série de apreciações críticas sobre o lado estreito e falso da doutrina do grande Feuerbach, o primeiro a levantar a bandeira do materialismo contra o idealismo de Hegel, que era até então a filosofia oficial da Alemanha reacionária. Com essa obra inaugural, A ideologia alemã, que modificaria a concepção do mundo e que seria perdida no tempo se não existisse a União Soviética que a publicou em 1932, após anos desses manuscritos terem desaparecido, e que não foi editada em sua época, dadas as dificuldades opostas pela polícia e pelos próprios livreiros, assim como devido à pobreza do Partido Operário alemão e à oposição que, dentro dele, toda uma fração de utopistas fazia então a Marx. O próprio Marx diria, tempos depois: “Abandonamos o manuscrito com tanto maior boa vontade á crítica roedora dos ratos porque tínhamos atingido o nosso fim principal, ver claro em nós mesmos”. No próximo artigo, conheceremos um pouco mais sobre as revoluções acontecidas na Europa entre 1848 e 1850 e as análises de Marx e Engels no calor da luta de classes. Do Breve História do Movimento Operário

Por Clóvis Manfrini

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