A indústria da mentira a serviço da guerra imperialista na Síria
O suposto ataque químico em Douma, região de Ghouta Oriental na Síria promovido pelas forças de Assad, o caso Skripal e o acontecimento em Halabja, durante a guerra do Iraque em 1988, não passam de uma velha tática usada pelos Estados Unidos, que pretende acusar as nações que estão na sua mira de promover “ataques químicos” como pretexto para futuras invasões militares, retaliações diplomáticas e econômicas.
A imprensa noticiou que na noite de 7 de abril, um helicóptero lançou um barril com cloro altamente tóxico na cidade de Douma, ocasionando a morte de até 70 pessoas e deixando centenas de feridos. Em um movimento friamente coordenado, rapidamente a mídia ocidental acusou o governo de Bashar al-Assad de desferir o ataque químico contra os civis. As autoridades sírias se posicionaram contra as calúnias oriundas dos grandes monopólios midiáticos, afirmando que terroristas e os já conhecidos White Helmets, ambos serviçais do imperialismo, possivelmente, teriam encenado o ocorrido visando moldar a opinião pública. A agência síria SANA comunicou que o grupo Jaysh al-Islam vem divulgando notícias falsas sobre um suposto ataque químico do governo de Assad em Douma.
Para deter a ofensiva bem-sucedida do Exército Árabe Sírio, que avança a passos largos no combate contra os ratos terroristas, essas encenações vem à tona para proteger a oposição radical e prolongar a atuação dos terroristas, já que o imperialismo deseja que essas forças continuem atuando contra Assad, forçando a sua derrubada e a balcanização da Síria. Contudo, destruir o terrorismo é um erro estratégico para as potências ocidentais.
Donald Trump, nesta segunda-feira (9), ladrou dizendo que dará uma resposta ao “ataque químico” que ocorreu na Síria no final de semana e chamou o comandante sírio de “animal”. O presidente Frances Emmanuel Macron, em simbiose com os Estados Unidos, pretende alinhar uma resposta conjunta contra a Síria usando a mesma justificativa: acusar o governo de Assad por abusos contra os Direitos Humanos.
Os EUA culpam a Síria ao mesmo tempo que agridem a Rússia, afirmando a incapacidade do país de conseguir acabar com o uso de armas químicas no conflito, a sua aliança com Assad e a suposta inflexão política para resolver a crise na região. Em contraponto, Moscou refutou as informações sobre o suposto lançamento da bomba de cloro por parte dos próprios sírios e rejeitou as acusações contra Assad. Especialistas russos se deslocaram ao hospital de Douma para verificar o estado das prováveis vítimas do ataque químico, mas não encontraram nenhum paciente com sinais de envenenamento. Toda essa articulação contra a Síria não passa de uma justificativa para uma intervenção militar estrangeira mais brutal que as anteriores.