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REIMPRESSÕES

Foto do escritorNOVACULTURA.info

ANAP e URC promoveram debate sobre a guerra no leste da Ucrânia


Na última sexta feira (12), foi realizado em São Paulo um debate sobre a situação do conflito civil-militar na Ucrânia, bem como a guerra de libertação nacional que ali se desenvolve por parte do povo russo oprimido pela camarilha fascista de Kiev bancada pelo imperialismo norte-americano. Para falar sobre a situação vigente na Ucrânia e sobre as guerrilhas de libertação nacional que se formam nas regiões do Donbass e Lugansk, esteve presente o estudante André Ortega Drumond Filho, que recentemente permaneceu no país por 45 dias como correspondente da Revista Opera, acompanhando de perto o desenvolvimento do processo político local. Compareceram ao evento representantes do Grupo Tortura Nunca Mais, Fórum dos Ex-presos Políticos, Associação dos Anistiados Políticos, Aposentados e Pensionistas de São Paulo (ANAP), militantes da União Reconstrução Comunista, entre outros convidados.


Para aclarar aos presentes o desenrolar do massacre contra o povo russo que é atualmente levado a cabo na região, André Ortega realizou um profundo apanhado histórico desde o processo de constituição da Ucrânia enquanto nação até abordar a situação do país após a queda da União Soviética no ano de 1991. Além disso, o palestrante enfatizou a influência dominante de figuras como o fascista Stepan Bandera, colaborador pró-alemão durante a Segunda Guerra Mundial, nas "manifestações" que derrubaram o governo do presidente Yanukovich e instauraram um regime fascista antirrusso, sob a perspectiva nacionalista de criar uma "Ucrânia pura" e exterminar a população russa que habita várias regiões do país.


O recrudescimento do massacre contra a população russa, acompanhado pelo anticomunismo mais fervoroso por parte das oligarquias ucranianas, se deu a partir de 2 de maio de 2014, dia do famoso "Massacre de Odessa", quando bandos fascistas invadiram um evento político por ocasião da comemoração do 1º de maio e das vésperas da comemoração do 9 de Maio, dia da Vitória, e assassinaram 43 comunistas e demais pessoas que estavam no ato político ao incendiarem o edifício onde estas se refugiaram para fugir dos espancamentos dos bandos fascistas. Entre os assassinados (mortos no incêndio, a tiros, asfixiados ou espancados), estavam inclusive mulheres, crianças e idosos.


Nas regiões habitadas pela população russa na Ucrânia, centenas de milhares de russos se levantaram em manifestações pacíficas contra a chacina perpetrada pelos fascistas ucranianos, manifestações estas reprimidas barbaramente com tanques de guerra e artilharias por parte do governo fascista de Kiev. Diante do recrudescimento da repressão fascista e dos massacres, os mais diversos setores políticos democráticos e progressistas da Ucrânia e das minorias russas começaram a se levantar em armas, apoiando-se principalmente na guerra de guerrilhas contra o agressor fascista bancado pelo imperialismo norte-americano.


A fundação das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk representaram duas grandes vitórias das forças democráticas e patrióticas russas e ucranianas na luta armada, que causaram duros golpes contra as oligarquias locais e atestaram a soberania e autodeterminação do povo russo local.

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